Desfecho clínico de pacientes infectados por gram negativos multidroga resistentes em terapia intensiva tratados com ceftazidima/avibactam e ceftolozane/tazobactam
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Medicina Tropical |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49343 |
Resumo: | Nas unidades de terapia intensiva (UTIs) as taxas de infecções variam entre 18% e 54%, sendo assim, cinco a dez vezes maiores do que os observados em outras unidades hospitalares, acompanhando uma taxa de mortalidade de 9% a 60%. Nas últimas décadas, o padrão de suscetibilidade mudou e as Gram-negativas (BGN) vêm tomando espaço e se tornando uma ameaça devido à grande frequência de multirresistência associado com a escassez às opções terapêuticas. No entanto, as drogas Ceftolozone/Tazobactam(C/T) e Ceftazidima/Avibactam (C/A), estão apresentando boa resposta clínica e microbiológica no tratamento de infecções nosocomiais graves. Diante disto, o presente estudo teve como objetivo avaliar o desfecho clínico de pacientes com infecções graves por BGN MDRs tratados com C/T e C/A. Nosso estudo avaliou um total de 131 pacientes que receberam tratamento com C/T e C/A devido a infecções por BGN multidroga resistentes (MDR). As principais infecções foram do trato urinário (43,5%) e respiratórias (23,66%). Pseudomonas aeruginosa foi o agente que prevaleceu na avaliação das amostras (34,4%) seguido de Klebsiella pneumoniae (29,56%), 54,9% dos pacientes apresentaram uma resposta favorável, havendo negativação da cultura em 66,4% das amostras, não havendo discrepância das negativações quando comparadas as idades: 67,7% entre os jovens e 66% dos idosos. 62,59% dos pacientes apresentaram monoterapia com C/T e C/V, havendo uma melhor resposta com o uso da monoterapia à terapia combinada (58,62%vs41,38%). A taxa de mortalidade geral foi de 45,04%, sendo as infecções por BGN MDR responsáveis por 33,9% dessas mortes e as demais (66,1%) por fatores como doenças oncológicas, hematológicas e neurológicas degenerativas. 35,11% dos pacientes apresentaram alterações hematológicas, sendo destas 28,24% anemia, 4,5% trombocitopenia e 2,5% trombocitose. Ao uso de dispositivos invasivos, observou-se maior mortalidade nos pacientes com uso de ventilação mecânica (52%). Dessa forma, foi possível observar que a terapia com C/T e C/V resultou em boa resposta no desfecho clínico dos pacientes além de se tratar de drogas seguras quando avaliados os efeitos adversos. |