Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
ARAÚJO, André Luiz de Andrade |
Orientador(a): |
SILVEIRA, Vera Magalhães da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Medicina Tropical
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/47802
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Resumo: |
Os pacientes críticos infectados por bactérias multidroga resistentes (MDR) constituem uma população específica de internados hospitalares, tanto pelas pecualiaridades do quadro clínico, quanto pelos patógenos, frutos da pressão seletiva do meio. A análise dos fatores de risco específicos desta população pode melhorar os desfechos de mortalidade, diminuir os custos hospitalares, e servir de base para prevenção destas graves infecções. Assim, o presente estudo, com participação estrita de pacientes infectados por bactérias MDR, definidas de acordo com o consenso atual de especialistas no tema, buscou descrever e analisar os principais fatores de risco de mortalidade intra-hospitalares clínicos, microbiológicos e da assistência em saúde, 30 dias após o diagnóstico da infecção. Tratou-se de um estudo do tipo caso-controle, com análise bivariada dos pacientes, alocados em dois grupos após 30 dias da cultura índice positiva: um grupo com desfecho óbito (O) e o outro com desfecho sobrevivência (S). Foi realizado nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) de 03 hospitais públicos do Recife-PE, de agosto de 2020 a julho de 2021. Diferenças foram significantes se p < 0,05 e com um poder de associação 80%, com base em estudo com desenho e objetivos semelhantes de relevância na literatura. Dos 79 participantes, 46,8% morreram e 53,2% sobreviveram após o acompanhamento. O grupo dos óbitos teve internamento menor (mediana [IIQ] O: 29,62 [18,81] vs. S: 46,31 [18,91] dias) e era mais grave à admissão na UTI (média [DP] O: 24,60 [8,02] vs. S: 21,09 [6,43] pontos no escore APACHE-II). Este grupo também usou acesso venoso periférico menos dias (mediana [IIQ] O: 11,07 [8,84] vs. S: 19,49 [15,49]), mais cateteres de hemodiálise (O: 56,8% vs. S:38,1%), e traqueóstomos por menor período (média [DP] O: 16,00 [8,25] vs. S: 32,31 [13,83] dias). Uso de vasopressores (O: 67,6% vs S: 42,8%) e inotrópicos (O: 37,8% vs S: 14,3%), assim como menos dias de dieta via oral (mediana [IIQ] O: 18,21 [21,63] vs. S: 24,77 [15,74]) ou por sondas enterais (mediana [IIQ] O: 14,59 [13,81] vs. S: 29,63 [17,17]), também tiveram associação com mortalidade. Conclui-se, portanto, que características clínicas, permanência hospitalar, dispositivos invasivos, suporte hemodinâmico e nutricional podem estar relacionados à mortalidade dos pacientes críticos infectados por bactérias MDR. |