Limites do sindicalismo e reorganização da luta social: um estudo das experiências de ferroviários e metalúrgicos maranhenses

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: DURANS, Cláudia Alves
Orientador(a): FERNANDES, Ana Elizabete Simões da Mota
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Servico Social
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16671
Resumo: Análise do sindicalismo nos anos 1990 e a reorganização da luta social a partir da experiência dos metalúrgicos e ferroviários no Maranhão. Caracteriza-se o capitalismo contemporâneo, enfatizando a crise estrutural que o assola desde os anos 1970, o neoliberalismo, a reestruturação produtiva e a financeirização, como mecanismos de enfrentamento a essa crise, por parte do capital, que se configuraram numa ofensiva ao trabalho em todo o mundo. Ressalta-se, nos anos 1990, o ressurgimento de lutas populares, transclassistas, antiglobalização, anticapitalistas, etc. como reação à ofensiva do capital. Discute-se, a partir de autores como Marx e Engels, Lênin, Luxemburgo e Trotski como historicamente foi construída a luta dos trabalhadores, particularmente a relação sindicato/partido/ movimento de massas, segundo cada estágio das forças produtivas. Aborda-se a luta organizada dos trabalhadores brasileiros, sintonizada com o desenvolvimento capitalista nesse país, ressaltando o protagonismo do movimento sindical nos anos 1980, bem como a crise e refluxo nos anos 1990, face à reestruturação industrial e a reforma do Estado. Analisam-se as lutas sindicais no Maranhão, especialmente de ferroviários e metalúrgicos, destacando sua constituição, a partir dos anos 1980, com a industrialização desencadeada com o Projeto Grande Carajás, suas lutas e conquistas no período. Enfatiza-se o refluxo nos anos 1990, com a reestruturação industrial (ALUMAR) e a privatização da CVRD, que geraram a terceirização, a precarização e a fragmentação do trabalho e impactaram e nas lutas sindicais, provocando modificações na forma de ser dessas entidades. Verifica-se ainda, a partir das tendências de sua ação atual, em que medida estes sindicatos se articulam com outros movimentos sociais e como respondem aos desafios postos pela complexidade do capitalismo contemporâneo.