A crise estrutural do capital no limiar do século XXI.
Ano de defesa: | 2001 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA RURAL E REGIONAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3561 |
Resumo: | A realização do presente trabalho de dissertação de mestrado tem como temática o estudo da crise do capital presenciada no último quartel do século XX. Partimos de um estudo do processo de produção e reprodução do capital para compreendermos os elementos que fundamentam o sistema capitalista e, por conseqüência, seus vínculos com a gênese da sua crise. E no auge do crescimento econômico que, contraditoriamente, se evidencia o desenvolvimento significativo do capital constante preludiando uma época de crises subsequentes. Estes tipos de crises são normais e dinamizadoras do sistema, pois possibilitam o deslocamento de suas contradições dentro das dimensões internas de funcionamento do capital. Porém, a história do último quartel do século passado indica que estas crises conjunturais ou cíclicas estão se metamorfoseando em uma crise estrutural, não se apresentando mais com características peculiares às "grandes tempestades", como o craque de Wall Street em 1929, mas com características de um continuum depresso, uma crise cumulativa, mais ou menos permanente e crônica. Indicamos que a crise estrutural decorre do processo de autonomização das esferas dinamizadoras do capital - a produção, consumo e circulação - que não possuem mais condições de deslocar suas contradições de uma para a outra, sinalizando para o esgotamento do sistema. Da crise estrutural decorre outro tipo de crise, a crise de dominação do capital, que se expressa na esfera política, jurídica, cultural e na consciência da sociedade moderna. Assim, a ausência de justificativas para a continuidade do processo de reprodução ampliada do capital, gera uma consciência social profundamente alienada quanto aos grandes males causados à humanidade e à natureza pelo sistema metabólico do capital. O grau de alienação gerado pelo sistema é tão profundo, que estamos diante de um eminente colapso das condições ambientais necessários para o desenvolvimento social. No entanto, nada pode se impor à lógica da reprodução do capital, ele se justifica por si só, e não para a humanidade. No processo de produção e reprodução do capital tem destaque o papel desempenhado pela taxa de utilização decrescente e o papel do complexo industrial militar, que associam dinamicamente os aspectos da produção do capital à produção perdulária e destrutiva, expressam na obsolescência planejada das mercadorias e na produção de armamentos. O papel da ciência é determinante neste processo do desenvolvimento da produção destrutiva, pois ela tem se desenvolvido à sombra do complexo militar. A ciência, neste fim de século, tem evidenciado o controle que o capital exerce sobre ela ao definir os procedimentos científicos de acordo com os interesses de produção e reprodução do capital, demonstrando sua subordinação ao capital e desmistificando seu discurso científico da neutralidade. A intensificação da exploração da força de trabalho, a produção armamentista e seu caráter destrutivo, a subordinação do desenvolvimento da ciência às necessidades de auto-reprodução do capital são os aspectos abordados nesta dissertação que constituem, em parte, os elementos da crise estrutural do capital e sua conseqüente crise de dominação. |