Veja e a criminalização da política: mídia e direito entre a ideologia do consenso e o estranhamento do mundo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Cordoville Efrem de Lima Filho, Roberto
Orientador(a): Ferreira Santos, Gustavo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4754
Resumo: O que leva um ministro do Supremo Tribunal Federal a ser aclamado como um herói pela revista semanal de maior circulação do país? O presente trabalho intenta responder esta e outras perguntas a ela irmanadas e que dizem respeito à construção histórica de uma cumplicidade estrutural material e simbólica entre os meios de comunicação de massa e o Poder Judiciário, ou, em outros termos, entre o campo midiático e o campo jurídico. Em sua primeira parte, composta por três capítulos e intitulada Ideologia do Consenso , investiga-se a existência de uma homologia entre os campos em questão. São traçadas então as posições de seus/suas agentes, as correlações de força internas e externas, assim como os seus mecanismos de legitimação, de dominação e suas hegemonias homólogas. Na segunda parte, intitulada Estranhamento do Mundo , arquiteta-se o encadeamento entre a midiatização da corrupção e a do STF. Perquire-se a presença da corrupção nos meios de comunicação, em afinidade ao aparecimento do crime nos folhetins e ao processo de massificação da sociedade. Infere-se dos meandros entre a mídia e o crime, a constituição de um movimento simbólico que desloca a política daquilo convencionalmente delineado como campo político para o crime e a corrupção. A criminalização da política faz-se na deslegitimação da política e na imbricada legitimação das tomadas de decisão midiáticas e jurídicas, neutralizadas, engendrando um estranhamento dos sujeitos à política e, conseqüentemente, ao mundo