Turismo em assentamentos de reforma agrária no Nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SOUSA, Plínio Guimarães de
Orientador(a): SELVA, Vanice Santiago Fragoso
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento e Meio Ambiente
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30478
Resumo: As contradições e conflitos relativos às questões agrárias no Brasil não são recentes. Desde a época da colonização que a estrutura fundiária em nosso país se desenvolve de forma injusta e concentradora de terras. Hoje, estes conflitos e contradições se materializaram através da antagonia entre o latifúndio, representado principalmente pelo agronegócio, e a agricultura familiar, representada por pequenos proprietários rurais, assentados, posseiros, meeiros, dentre outras categorias de camponeses, provocando o enfraquecimento da reforma agrária. Esse enfraquecimento implica não apenas na paralização do processo de criação de novos assentamentos, mas principalmente no aumento das dificuldades de manutenção dos atuais. Contudo, têm surgido formas alternativas de desenvolvimento das comunidades mais vulneráveis ao modelo hegemônico capitalista, baseadas em princípios de fato sustentáveis. Dentre estas formas, o turismo, enquanto atividade não agrícola, ou uma pluriatividade, tem sido experimentado em vários assentamentos da reforma agrária no Nordeste brasileiro, como uma alternativa à promoção do desenvolvimento local nestas comunidades. Sendo assim, o estudo se propôs analisar a importância do turismo, associado às atividades agrícolas, no processo de desenvolvimento local em assentamentos da reforma agrária no Nordeste brasileiro. A partir de uma abordagem mista, utilizando os métodos da pesquisa exploratória, descritiva e explicativa, apoiadas nas técnicas da pesquisa bibliográfica e documental, da entrevista semiestruturada, da observação assistemática e de registros de foto e áudio, foram identificados 19 assentamentos para visitas in loco e coletados dados. Os dados foram analisados com auxílio da técnica da análise de conteúdo. O estudo concluiu que o turismo é uma alternativa não agrícola para contribuir com o desenvolvimento local dos assentamentos da reforma agrária, contanto que ele seja comunitário, solidário e responsável.