Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
DANTAS, Rafael dos Santos |
Orientador(a): |
LEITÃO, Sigrid Neumann |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Oceanografia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35900
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Resumo: |
Estuários e zonas costeiras associadas são ecossistemas complexos onde or- ganismos sofrem uma variedade de estressores naturais que variam espacial e tem- poralmente. Devido à grande variabilidade dos fatores ambientais, combinados com diferentes ações antrópicas, estes ecossistemas apresentam desafios relacionados à compreensão desses efeitos e as causas por trás dos diferentes processos ocea- nográficos. Dentre os ecossistemas costeiros-estuarinos localizados no litoral sul de Pernambuco a serem abordados nesta tese, destacam-se Tamandaré (relativamente preservado e incluído em área de proteção ambiental) e o de Suape, alvo da implanta- ção de um complexo industrial portuário que acarretou em diversas obras de engenha- ria, as quais modificaram drasticamente a paisagem e mudou o papel ecológico das comunidades biológicas. Em Suape, os principais processos impactantes estiveram relacionados à sedimentação por dragagem, dinamitação dos recifes, aterros sobre a linha recifal, destruição do manguezal e tráfego de embarcações de grande porte. Ta- mandaré tem sido relativamente bem preservado, sofrendo mais impactos do turismo desenfreado e da retirada de manguezais, resultando no transporte de material em suspensão para a costa e sedimentação deste nos recifes costeiros. O objetivo princi- pal desta tese consistiu em fornecer uma avaliação dos impactos ambientais ocorridos em Suape e Tamandaré, através de um check-list de indicadores além do uso do zo- oplâncton como bioindicador da qualidade ambiental. O check-list foi aplicado in loco observando-se de forma subjetiva os principais impactos ambientais, considerando peso 1 (pequeno), 3 (moderado) ou 5 (extremo), de acordo com sua importância em relação aos princípios da análise adotada. Em Suape o sistema mais impactado foi o estuário do rio Massangana (-431) seguido por Ipojuca (-296) e Tatuoca (-288). O rio Merepe (-249) e a Baía de Suape (-212) apresentaram menores impactos, porém ainda muito altos, com redução e modificação acentuada da flora e fauna. Em Tamandaré o rio Formoso foi o que apresentou maior impacto (-185). Observou-se que o modelo utilizado para o desenvolvimento de Suape não contempla os recursos ecossistêmicos, uma vez que todos os ambientes foram destruídos e descaracterizados. Em Tamandaré há um maior interesse na preservação ambiental, estando os ecossistemas costeiros-estuarinos mais preservados. Observou-se que, iniciativas para promover o desenvolvimento econômico a todo custo causam a destruição do patrimônio natural e social, como infelizmente ocorreu em Suape. Quanto ao zooplâncton os estudos in- dicaram grandes impactos em Suape, com mudanças acentuadas nas comunidades e presença de indicadores de poluição química e orgânica. Em Tamandaré a comuni- dade dominante é tipicamente estuarina, inclusive influenciando o zooplâncton recifal, através da pluma estuarina. |