Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
BARROS, Nathalia Cristina Guimarães |
Orientador(a): |
FUJII, Mutue Toyota |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10697
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Resumo: |
O presente trabalho teve como objetivo principal realizar o levantamento das algas marinhas bentônicas dos recifes costeiros de Tamandaré como ferramenta para a caracterização da área estudada, baseando-se na composição e cobertura das macroalgas. O material foi coletado nas baías de Campas e de Tamandaré, durante as marés baixas, no período de maio de 2009 a julho de 2010 (período chuvoso) e dezembro de 2009 a janeiro de 2011 (período seco). As coletas foram realizadas no platô recifal, o qual ficava totalmente descoberto durante a baixa-mar. Em cada recife foram feitos três transectos de 10 metros cada, onde a cada dois metros foi realizada a avaliação da cobertura visual das macroalgas num quadrado de 20x20 cm. Em cada ponto do transecto foram feitas três repetições, ou seja, em cada ponto foi aferida a cobertura visual de três quadrados, perfazendo um total de 45 quadrados em cada estação de coleta, perfazendo um total de 990 amostras. Nos quadrados, além da cobertura visual das macroalgas, foi também aferida a altura média do dossel. Durante o período de estudo, foram coletadas também as macroalgas que ocorreram ao redor do recife, na região que permaneceu submersa durante a maré baixa, para complementar o estudo da biodiversidade da região costeira de Tamandaré. As algas foram coletadas com auxilio de uma espátula e acondicionadas em sacos plásticos etiquetados e levadas ao laboratório de bentos da Universidade Federal de Pernambuco, onde foram congeladas para posterior identificação. A fim de complementar a lista das macroalgas de Tamandaré, foram compilados trabalhos desenvolvidos na mesma região. Foi identificado um total de 37 espécies pertencentes a Chlorophya, Phaeophyceae (Heterokontaphyta) e Rhodophyta, distribuídas em 11 ordens e 21 famílias. O Filo Chlorophyta foi representado por 12 espécies, incluídas em três ordens: Cladophorales (três famílias), Bryopsidales (quatro famílias) e Dasycladales (duas famílias). A ordem Phaeophyceae foi representada por nove espécies, distribuídas em três ordens: Dictyotales, Ectocarpales e Fucales, cada uma com uma família. O Filo Rhodophyta foi representado por 16 espécies, classificadas em seis ordens: Corallinales, Nemaliales, Gracilariales, Rhodymeniales, Ceramiales e Gelidiales, as quatro primeiras ordens foram representadas por uma família cada, e as duas últimas, por duas e três famílias, respectivamente. Das 37 espécies identificadas, nove foram referenciadas pela primeira vez para Tamandaré. Quando juntamos os dados obtidos durante a coleta, mas os compilados, são referidas 103 espécies de macroalgas para Tamandaré. Gelidiella acerosa e Palisada perforata foram consideradas muito frequentes com 100% de ocorrência durante todo o período de coleta. Palisada perforata, foi a que apresentou a maior porcentagem de cobertura, com aproximadamente 58% nos recifes estudados. Em seguida, a espécie Gelidiella acerosa, também do filo Rhodophyta, apresentou cobertura de aproximadamente 28% durante o estudo, ficando evidenciado que durante o período chuvoso há declínio no tamanho das frondes. Este fato é provavelmente devido ao aporte de sedimentos finos provenientes dos rios, que recobrem as frondes, diminuindo assim a capacidade fotossintética e de crescimento das algas, enquanto que no período seco a cobertura e altura do dossel apresentaram valores maiores. Os recifes costeiros de Tamandaré podem estar sofrendo distúrbios ambientais que levam à dominância de espécies de algas que se adaptam a viver em condições extremas como dessecação e sedimentação. Isto pode modificar a estrutura e a diversidade nos ambientes recifais, mas não são considerados como resposta a impactos ambientas, mostrando que os recifes de Tamandaré podem ser considerados como não impactados. |