Uso de fluoxetina ou de resveratrol em ratos jovens submetidos à dieta hiperlipídica materna : estudo comportamental e molecular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: CAVALCANTI, Carolina Cadete Lucena
Orientador(a): CASTRO, Raul Manhães de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49637
Resumo: A exposição materna a dieta hiperlipídica durante os períodos de gestação e de lactação pode alterar o comportamento relacionado à ansiedade e a responsividade do sistema serotoninérgico da prole a tratamento medicamentoso ou fitoterápico pós-desmame. Por isto, este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos do uso crônico de fluoxetina ou de resveratrol durante o período pós-desmame sobre o comportamento relacionado à ansiedade e sobre a expressão do sistema serotoninérgico em ratos adulto-jovens expostos à dieta hiperlipídica materna. Foram utilizadas 27 ratas da linhagem Wistar. Após a confirmação da gestação, as fêmeas foram divididas em dois grupos de acordo com a dieta recebida durante a gestação e a lactação: Controle (CTR=13) e Hiperlipídico/hipercalórico (HH=14). O peso corporal e o eixo longitudinal dos filhotes foram registrados a cada quatro dias durante a lactação e no 28o, 35o, 42o, 49o e 56o dia de vida pós-natal. Na nona semana pós-natal, os grupos CTR e HH foram subdivididos em quatro subgrupos, de acordo com a manipulação farmacológica recebida durante dezessete dias: salina (via i.p.), fluoxetina (10 mg/kg, via i.p.), etanol (via oral) ou resveratrol (50 mg/L, via oral). Considerando as duas manipulações, foram formados oito grupos experimentais: Controle – Salina (CTRS, n=14); Controle – Fluoxetina (CTRF, n=15); Controle – Etanol (CTRE=14); Controle – Resveratrol (CTRR=14); Hiperlipídico/Hipercalórico – Salina (HHS, n=15); Hiperlipídico/Hipercalórico – Fluoxetina (HHF, n=15); Hiperlipídico/Hipercalórico – Etanol (HHE, n=16) e Hiperlipídico/Hipercalórico – Resveratrol (HHR, n=16). Os filhotes foram avaliados no campo aberto (CA), staircase (SC) e labirinto elevado em cruz (LEC). A expressão de genes foi avaliada no tronco encefálico. O grupo HHS apresentou menor número de entradas nos braços fechados, maior expressão de Il6, Tph2 e do receptor 5ht2a do que o grupo CTRS.Com relação à administração de fluoxetina, o grupo CTRF apresentou aumento na distância percorrida, diminuição no tempo de imobilidade, aumento no tempo em grooming e aumento na expressão de Il6, Bdnf, Tph2 e dos receptores 5ht1a e 5ht2a quando comparado ao grupo CTRS. De maneira semelhante, o grupo HHF apresentou aumento na distância percorrida, no número de rearing, expressão reduzida de Il6, aumentada Tph2 quando comparado ao grupo HHS. Ademais, o grupo HHE passou mais tempo e maior porcentagem de tempo na área central no labirinto quando comparado ao grupo CTRE. Em suma, a exposição à dieta aumentou a expressão de fatores associados ao estresse, enquanto a administração crônica de fluoxetina levou à hiperatividade e ao aumento no comportamento relacionado à ansiedade. A oferta de resveratrol, por outro lado, recuperou o comportamento emocional, induzido pela exposição materna à dieta hiperlipídica nos períodos de gestação e de lactação, no grupo HHE.