Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
MENDONÇA, Carolina Ramos de |
Orientador(a): |
CASTRO, Raul Manhães de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Nutricao
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38006
|
Resumo: |
A Microcefalia é caracterizada por malformação congênita com desenvolvimento inadequado do cérebro. Estudos tem revelado prejuízo no desenvolvimento do sistema serotoninérgico em microcefálicos. Entretanto, algumas substâncias como o polifenol Kaempferol poderiam minimizar este dano, pois possuem capacidade de inibir a atividade da enzima Monoamina Oxidase (MAO). A inbição da MAO poderia gerar maior disponibilidade sináptica de serotonina diminuindo os danos causados na prole submetida a um modelo experimental de microcefalia. O objetivo deste trabalho foi avaliar as repercussões do tratamento neonatal com o polifenol (Kaempferol) sobre o peso corporal e encefálico, desenvolvimento murinométrico, ontogênese de reflexos e atividade locomotora na prole submetida a um modelo experimental de microcefalia. Foram utilizadas 18 ninhadas provindas de ratas Wistar. Após a confirmação da gestação, as ratas prenhas foram distribuídas aleatoriamente em dois grupos experimentais: Grupo Controle (C, n=10 ninhadas) que recebeu azeite de oliva (0,5 ml/100 g de peso corporal, i.p.) e Grupo Microcefalia (M, n=8 ninhadas) que recebeu Busulfan® (Sigma®, 10 mg/kg, 0,5mL/100g de peso corporal, i.p.). Cada ninhada foi composta por 8 filhotes dos quais 4 receberam solução de veículo dimetilsulfóxido (DMSO) (1ml DMSO a 2,4% em solução salina i.p.) e 4 receberam Kaempferol (14mg/kg, DMSO 2,4% v/v em solução salina i.p.) do 3° ao 7° dia pós natal (DPN). Dessa forma, foram constituídos 4 subgrupos: Controle + Veículo (C+V); Controle + Kaempferol (C+K); Microcefalia + Veículo (M+V); Microcefalia + Kaempferol (M+K). Foram avaliados: Peso corporal, indicadores murinométricos do desenvolvimento, ontogênese de reflexos, atividade locomotora, peso dos músculos e encéfalo. Quanto aos resultados o grupo M+V apresentou redução do eixo ântero-posterior do crânio em comparação com o grupo C+V no 1° e 21° DPN. Quanto ao eixo láltero-lateral do crânio o grupo M+K apresentou uma redução deste eixo em comparação com o grupo C+K no 1°, 6°, 15° e 21° DPN. Em relação ao comprimento da cauda o grupo M+V apresentou diminuição em comparação com o grupo C+V no 9° e 21° DPN, já o grupo M+K apresentou diminuição em comparação com o grupo C+K no 15° e 21° DPN. No que diz respeito aos reflexos, os grupos M+V e M+K obtiveram atraso no desaparecimento no reflexo de preensão palmar em comparação com os grupos C+V e C+K respectivamente. Semelhantemente os grupos M+V e M+K apresentaram uma maior locomoção em relação aos controles C+V e C+K respectivamente. O tratamento gestacional com Busulfan® foi associado a prejuízo em alguns indicadores murinométricos do desenvolvimento, o que pode ser indicativo de microcefalia, além disso os animias submetidos a este tratamento farmacológico apresentaram dano na locomoção representado pela hiperatividade. O polifenol Kaempferol parece atrasar o aparecimento da hiperatividade nos animais tratados com Busulfan®, porém não foi capaz de reverter os danos na ontogênese de reflexos e indicadores murinométricos nesses animais. |