Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Alexandre Sabino do |
Orientador(a): |
Fernandes, Ana Cristina de Almeida |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Geografia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16719
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Resumo: |
Grandes empresas e grupos econômicos, dentro do atual processo de reprodução ampliada do capital e de seu regime de acumulação com dominância da valorização financeira, requerem, cada vez mais, grandes negócios (megaprojetos, megaeventos), e esses só são viáveis em parceria com o Estado. Esta relação, com o tempo, torna-se mais complexa e envolve uma série de inovações em arranjos político-institucionais e espaciais. Assim, questionou-se se grandes obras ligadas à reestruturação do espaço metropolitano implementadas na Região Metropolitana do Recife - RMR podiam ser consideradas expressões de uma acumulação rentista-patrimonial ampliada entre o Estado e diferentes frações do capital, amplificando a unidade contraditória entre fixos e fluxos própria da reprodução do capital contemporâneo. Para responder a essa, questão buscou-se demonstrar as ações do Estado e o seu papel na concentração e centralização do capital nas mãos de oligarquias econômicas, neste caso, grupos econômicos nacionais ligados à produção do espaço (construção civil) e ao capital financeiro, e em assegurar importantes condições econômicas e extraeconômicas para a acumulação, com o uso dos fundos públicos, créditos subsidiados, incentivos fiscais, terras entre outros. Identificou-se que setores como o da construção civil ganham com o crescimento da economia nacional que leva à busca por investimentos em capital fixo, que também ocorre em períodos de crises econômicas do sistema capitalista. Optou-se por uma pesquisa do tipo qualitativa, explicativa, documental e bibliográfica. Fundamenta-se aqui na compreensão de que urbanização, modernização, política econômica e o planejamento são realidades sociais, e que toda realidade social é espacial e historicamente determinada. Na organização da exposição da tese, optou-se por seguir o método regressivo-progressivo de H. Lefebvre. Entende-se, nesta pesquisa, que os grandes negócios da produção do espaço têm como principais beneficiados as grandes empreiteiras “As Campeãs Nacionais”. Analisaram-se os grandes projetos: Cidade da Copa/Arena Itaipava; Rota dos Coqueiros e Cidade Saneada como representativos de uma “nova” articulação entre o público e o privado dentro do processo chamado por nós de acumulação rentista-patrimonial ampliada entre Estado e capital. Assim, o estudo focou-se na reestruturação econômica e espacial da RMR ligadas a esses projetos e concluiu que este processo é produto da concorrência global capitalista agora movida por um amplo processo de financeirização da economia mundial, fruto de um ajuste espaço temporal do sistema e sua ligação com a produção do espaço, e também representa uma coalizão de interesses entre frações do capital nacionais e locais representantes de grupos econômicos ligados ao setor da construção civil, via arranjos político-institucionais e espaciais como concessões e parcerias público-privadas, financiamentos de longo prazo e participações no capital social de um número seleto de empresas do setor da construção pesada ligadas a grandes holdings nacionais, agentes esses capazes de manipular o fundo público via poder político e econômico, dentro de um contexto de imbricação de escalas geográficas. |