Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
PIMENTEL, Renato Lira |
Orientador(a): |
BEZERRA, Benedito Gomes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33676
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Resumo: |
Nas últimas três décadas, os estudos sobre gêneros textuais vêm se desenvolvendo e se tornaram um tema central no âmbito da Linguística, nacional e internacionalmente. Nesta tese, temos como objetivo geral investigar como se caracterizam os estudos de gênero textual no país entre os anos de 2000 e 2016, seus diálogos e interlocuções como sistemas complexos e perceber qual é a efetiva participação das diversas teorias de gêneros no ambiente acadêmico. Para tanto, consideramos importantes os seguintes objetivos específicos: i) construir um panorama dos estudos de gêneros textuais no Brasil das Universidades pioneiras no tema; ii) caracterizar os estudos brasileiros sobre gêneros, apontando quais caminhos teóricos são tomados nas pesquisas de teses e dissertações, bem como que tipo de relação existe, ou não, nesses caminhos; iii) discutir a necessidade de se pensar o fenômeno dos gêneros textuais, bem como os diálogos e as interlocuções sobre as teorias de gêneros, a partir de um olhar que os considerem como complexos; e, iv) caracterizar e analisar diferentes acepções de síntese de estudos de gêneros textuais nas pesquisas, a partir das postulações sobre o termo feitas por Bawarshi e Reiff (2013) e das discussões de Bezerra (2017). Nos procedimentos metodológicos, coletamos no banco de teses e dissertações digitais dos Programas de Pós-Graduação pioneiros nos estudos de gêneros, o PPGL-UFPE, o PPGLUFSM, o PPGLg-UFSC, o LAEL-PC/SP e o PPGL-UFC, um total de 170 teses e dissertações. Na análise das dissertações e das teses, levamos em consideração os resumos, as introduções e os capítulos teóricos dos trabalhos para que pudessem nos guiar nos objetivos que nos propomos. Assim, seguimos os seguintes passos mais gerais de análise das teses e dissertações: a) verificamos qual o tipo de estudo foi feito nos trabalhos; b) analisamos quais os principais autores que serviram de base para os trabalhos, e, consequentemente, quais as principais correntes de estudo de gêneros; c) identificamos quais as combinações e os diálogos que foram feitos com as teorias de gênero; e d) analisamos, a partir das combinações e diálogos, três sentidos de síntese adotados por nós, quais sejam, 1) panorama, visão geral, resumo ou revisão de literatura (BEZERRA, 2016); 2) combinação, justaposição ou união mais simples de teorias (PIMENTEL; LÊDO, 2016); e 3) macroteoria (BEZERRA, 2016). De modo geral, pelo menos em termos de estudos de gênero, parece-nos que no Brasil há uma tendência maior em absorver e aplicar (com diferentes graus de alteração) as teorias existentes no âmbito internacional, havendo iniciativas mais escassas de teorização a esse respeito, a exemplo do pesquisador da UFPE, Marcuschi. Apesar disso, a produção brasileira não consiste apenas numa reprodução pura e simples das tradições internacionais de estudos de gêneros, existindo confirmações de movimentos de combinação entre aportes teóricos diversos. Desse modo, foram percebidos diversificados diálogos entre as teorias de gênero e também com outras teorias, bem como contribuições nas diferentes linhas de estudos. |