Presença de mulheres na ciência da informação: análise de citações por gênero em teses e dissertações do PPGCI/UFF

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Cavalleiro, Sofia Frahlich
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/29789
Resumo: Discutir gênero na ciência é primordial, para que seja possível entender seu papel, de forma a mudar o quadro de desvalorização feminina. Uma forma de entender a visibilidade dos autores e o comportamento da comunidade científica é a análise de citações, e aplicá-la a teses e dissertações é também importante, pois o início da carreira acadêmica é uma etapa crucial na vida do pesquisador. Portanto, tem como objetivo geral mapear o comportamento de citações, em Ciência da Informação, no que concerne ao gênero dos autores dos trabalhos referenciados através das teses e dissertações do PPGCI/UFF entre 2011 e 2020. No levantamento bibliográfico, discutiram-se as questões de gênero e feminismo, mulheres nas ciências e como pode ser a contribuição da Ciência da Informação. Além disso, discute-se sobre análise de citações e teses e dissertações. O método utilizado foi a análise de citações, e os resultados da coleta foram sistematizados em planilha do Excel. Analisou um total de 13.871 citações das 137 dissertações e 24 teses defendidas, e foram atribuídos os gêneros dos autores por cores. A manipulação dos dados se deu através de filtros e gráficos do próprio Excel. Decidiu-se analisar os autores por documento citado, sem separá-los quando houver mais de um autor, visto que a separação por gênero já havia sido feita. Como resultado, a autoria feminina obteve 5.420 citações; a não feminina, 6.789; a autoria mista (feminina e masculina) teve 1.508; e 154 citações com autorias não identificadas ou não-binárias. Em relação aos anos de publicação dos documentos citados, a autoria não feminina possui trabalhos citados antes de 1900, enquanto a feminina começa no período de 1920-1940. Começa a ter um equilíbrio a partir do período de 2001-2005, e houve queda nas citações de modo geral a partir de 2011. Nas teses e dissertações de autoria feminina, temos 4.185 citações a trabalhos femininos; 4.787 a trabalhos masculinos; e 1.060 a trabalhos mistos. Nas teses e dissertações de autoria não feminina, temos 2.000 citações a trabalhos masculinos; 1.235 a trabalhos femininos; e 447 a trabalhos mistos. Aplicado a Lei do Elitismo de Price, temos 83 autorias pessoais na elite da pesquisa, sendo 43 mulheres e 40 homens. Conclui que é necessária maior discussão acerca do tema de mulheres nas ciências, pois ainda existem áreas que são majoritariamente femininas ou masculinas, e a notável diminuição da diferença de homens e mulheres conforme o “nível” acadêmico vai subindo. Notou-se certo equilíbrio nas citações por gênero, porém na maioria das vezes alcançado quando eram somadas as citações a trabalhos de autoria mista a trabalhos femininos. Por fim, destaca a importância de realizar este mesmo estudo nos outros Programas de Pós-Graduação em Ciência da Informação.