Avaliação histopatológica e genotípica das lesões intra-epiteliais cervicais HPV-positivas em mulheres no Estado do Piauí

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: ROCHA, Ismael Gomes da
Orientador(a): BELTRÃO, Eduardo Isidoro Carneiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
HPV
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/54326
Resumo: O câncer do colo do útero é um dos mais frequentes tumores na população feminina e é causado pela infecção persistente por alguns tipos do papilomavírus humano (HPV). As taxas de morbimortalidade por câncer de colo de útero são altas em países em desenvolvimento, principalmente pelo fato de ser uma patologia de fácil disseminação por via sexual e por ter uma evolução relativamente lenta comparado a outros tipos de cânceres. Diante da escassez de estudos nessa região, o presente trabalho teve como objetivo primário descrever a distribuição dos genótipos de papilomavírus humano em amostras de mulheres procedentes do estado do Piauí e secundariamente descrever a frequência de infecções por múltiplos genótipos e avaliar a associação entre genótipos de HPV, faixa etária e resultados cito- histopatológicos. Foram analisadas mulheres do Piauí, no período de 2015 a 2016, diagnosticadas com lesões intraepitelialiais de baixo grau (LSIL), alto grau (HSIL), carcinoma invasivo ou Adenocarcinoma. Em relação idade, a faixa com maior percentual, foram as de 41 a 50 anos (41,4%), seguido das com 21 a 40 anos (39,1%) e as mais de 60 anos (19,5%) das participantes. 66,4% são oriundas do interior do Estado e 33,6% são da capital. Os exames histopatológicos demonstraram NIC I (neoplasia intraepitelial cervical) em 14,1%, e NIC II/III em 35,2%, enquanto o carcinoma escamoso atingiu 30,5%, e a menos prevalente foi adeno (3,9%). Na genotípagem detectamos que entre estes as maiores prevalências de HPV foram: HPV33 (68,3%), HVP16 (45,8%), HPV11 (9,2%), HPV11 (5,0%) e os percentuais dos outros 9 HPV’s variaram de 0,8% a 3,3%. Concluímos que o HPV-33 é o tipo mais prevalente no Piauí e o HPV-16 o segundo, diferentemente de várias regiões do país. Este foi o primeiro estudo que realizou a detecção e genotipagem de HPV circulantes na população feminina do estado do Piauí.O conhecimento da distribuição de genótipos de HPV pode orientar na introdução de vacinas profiláticas e na determinação da epidemiologia local de genótipos circulantes do HPV de alto risco.