Avaliação dos polimorfismos dos genes INF-Y E IL12B em pacientes com e sem lesões intra-epiteliais cervicas causadas por HPV

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: do Carmo Vasconcelos de Carvalho, Viviane
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HPV
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1707
Resumo: O Papilomavírus Humano (HPV) é um agente sexualmente transmissível capaz de infectar pele e mucosas, sendo o principal causador de câncer cervical e suas lesões precursoras, as Neoplasias Intraepiteliais Cervicais (NICs). A maioria dos casos de infecção pelo HPV regride espontaneamente, mesmo quando o vírus possui genótipo oncogênico. Sabe-se que os componentes genéticos e imunológicos do indivíduo assumem papel importante na eliminação do vírus. Vários estudos sugerem que alguns sítios polimórficos em genes de citocinas levam a variações nos níveis dessas moléculas, o que pode influenciar o desenvolvimento de câncer cervical em pacientes infectadas por HPV. Neste estudo avaliou-se a possível correlação entre a infecção por HPV de alto risco oncogênico e os polimorfismos existentes nas regiões +874 do gene INF-e 3 UTR +1188 do gene IL-12B em amostras de DNA de secreção vaginal. A população estudada foi composta de 76 mulheres saudáveis e 162 mulheres, HPV positivas, com lesão cervical, NIC I (45), NIC II (55), NIC III (53) e câncer cervical (9), na cidade de Recife Brasil. Ao ser avaliado o polimorfismo +874 (T/A), verificou-se que não houve diferença significativa nas distribuições genotípica (p = 0,4192) e alélica (p = 0,370) entre os grupos de pacientes e o grupo controle. Comparando-se as pacientes com NIC de baixo grau com as de alto grau, também não se verificou diferença genotípica (p = 0,8099) e alélica (p = 1,00). Para o gene IL-12B, a presença do genótipo AA (p = 0,009) e do alelo A (p = 0,0038) estavam mais presentes no grupo de pacientes com lesão cervical que no grupo controle. Quando as amostras foram estratificadas de acordo com grau de lesão cervical, o genótipo AA (p = 0,0036) e o alelo A (p = 0,0010) estavam mais freqüentes no grupo com lesão cervical de alto grau que no grupo com lesão cervical de baixo grau. O alelo mutante C mostrou-se importante na proteção contra as lesões. Por outro lado, o polimorfismo +874 T/A no gene INF-Ynão parece interferir no desenvolvimento de lesões cervicais. Estes resultados mostram que diferentes citocinas podem apresentar papéis diferentes na susceptibilidade a infecção e na progressão de lesões cervicais