Desenvolvimento de imunossensores eletroquímicos para detecção de aflatoxina B1 em alimentos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: BARBIERI, Gilcelia Janaina Lino da Silva
Orientador(a): ANDRADE, César Augusto Souza de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Inovacao Terapeutica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/26626
Resumo: As monocamadas auto organizadas constituem uma forma simples, reprodutível e estável para a imobilização de anticorpos, por isso tem sido bastante utilizada na construção de imunossensores. Dessa forma, representa um ambiente propício para o desenvolvimento de biodispositivos com alta sensibilidade e reprodutibilidade. Neste trabalho foram descritos dois imunossensores baseados em camadas auto organizadas e anticorpos monoclonais (Mab) para detecção de aflatoxina B1 (AFB1) em alimentos. A primeira plataforma foi composta por monocamadas automontadas de cisteína-Mab (cys-Mab) e a segunda plataforma por filmes nanoestruturados de ácido mercaptobenzóico-nanopartículas de ferro funcionalizadas com o grupo amino-Mab (MBA-Fe₃O₄-NH₂-MAb). As técnicas de espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE) e de voltametria cíclica (VC) foram utilizadas para avaliar o processo de montagem da plataforma sensora através das modificações na resistência transferência de carga (Rct) e correntes de pico anódica/catódica, respectivamente. Os resultados demonstram uma redução na transferência de carga causado pelo isolamento elétrico dos bioconjugados formados pela interação do anticorpo com a AFB1, que bloqueia a transferência de elétrons da solução de [Fe(CN)₆]³⁻/⁴⁻. O sistema sensor constituído por cys-Mab apresentou resposta linear na concentração de AFB1 entre 0,5 a 3 × 10⁴ ng.mL⁻¹. Enquanto, o segundo sensor apresentou resposta na faixa de concentrações de 2,5 × 10² a 3 × 10⁴ ng.mL⁻¹. Dessa forma, os dados demonstraram maior sensibilidade do sensor de cys-Mab para detecção da AFB1. Em adição, a técnica de microscopia de força atômica (AFM) permitiu a análise da topografia da superfície dos imunossensores. Portanto, os novos imunossensores propostos representam um instrumento simple com excelente sensibilidade que pode ser utilizado como ferramenta no monitoramento de AFB1 em alimentos.