Ocorrência de aflatoxinas, zearalenona e ocratoxina A, no milho, a ser utilizado como matéria-prima em indústria alimentícia do Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1995
Autor(a) principal: Gloria, Eduardo Micotti da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-20210918-211817/
Resumo: O milho utilizado pela indústria alimentícia no Estado de São Paulo não teve, até o momento, sua qualidade avaliada quanto à presença de micotoxinas. Existem levantamentos regionais no país, mas, somente alguns envolvem o milho para consumo humano. Entretanto, o Estado de São Paulo é, historicamente, o maior importador de milho de outros Estados do país, os quais têm padrões agroclimáticos e níveis tecnológicos muito diferentes. Este projeto de pesquisa teve como objetivo principal avaliar o milho destinado à indústria alimentícia de São Paulo quanto à presença das micotoxinas: aflatoxinas, zearalenona e ocratoxina A. Identificou-se também a procedência e, o teor de umidade do milho que chega à indústria. Esta avaliação foi feita através do levantamento da ocorrência destas micotoxinas no milho consumido por uma indústria moageira, instalada em Mogi-Guaçu-SP, que tem expressiva participação no mercado consumidor de milho e seus derivados no Estado de São Paulo. As amostragens foram realizadas em três épocas diferentes, sendo a primeira em outubro de 1993 (96 amostras), a segunda em março de 1994 (106 amostras) e a terceira em agosto de 1994 (90 amostras), totalizando 292 amostras. Os resultados das análises mostraram presença somente de aflatoxinas. A ocratoxina A e a zearalenona não foram detectadas. A aflatoxina B<sub><small>1</sub></small> foi a toxina mais frequente, tendo sido detectada em 57,3%, 16,0% e 27,7% das amostras da primeira, segunda e terceira amostragens, respectivamente. Em geral, os níveis de contaminação encontrados não foram altos, à exceção de 7 amostras nas quais os níveis excederam o limite tolerado pela legislação brasileira para a soma das aflatoxinas B<sub><small>1</sub></small> e G<sub><small>1</sub></small> (30µg/kg). A contaminação média, considerando a soma destas duas aflatoxinas, foi de 14,9µg/kg, 13,9µg/kg e 4,3µg/kg, na primeira, segunda e terceira amostragens respectivamente. Já o valor máximo encontrado foi de 143µg/kg, ocorrido na segunda amostragem (março/1994). O registro da procedência das amostras revela que a origem dos carregamentos de milho variou entre os períodos amostrados. Na primeira, segunda e terceira amostragens 100%, 34,4%, e 76,6% das amostras, respectivamente, eram de outros Estados do Brasil. Os níveis de umidade das amostras foram diferentes entre as amostragens revelando que 51,0%, 66,9% e 27,7% das amostras da primeira, segunda e terceira amostragens estavam com teores de umidade acima de 14,5%, nível máximo recomendado pelo Ministério da Agricultura para comercialização do milho.