Avaliação da Toxicidade do extrato Hidroalcoólico da entrecasca de Croton argyrophyllus Kunth

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: PAIXÃO, Monique de Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Saude Humana e Meio Ambiente
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32897
Resumo: O uso de plantas é uma antiga forma de prática medicinal. O Croton argyrophyllus é uma espécie da família Euphorbiaceae, pertencente ao gênero Croton. A referida espécie é utilizada para tratar doenças cardíacas, influenza e por seu efeito calmante, mas ainda há poucos registros na literatura sobre suas características que sirvam como parâmetro de segurança quanto à sua exposição e é conhecida popularmente como marmeleiro branco. Avaliar a toxicidade do extrato hidroalcoólico da entrecasca de Croton argyrophyllus em modelos experimentais. Foram realizados os testes de Toxicidade Aguda em dose única, testes de atividade genotóxica e mutagênica (ensaio cometa e teste do micronúcleo) e ensaios citotóxicos com análises in vitro. A toxicidade aguda em dose única foi avaliada de acordo com a diretriz 423 da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD, 2001). O ensaio cometa verificou em microscópio se houve dano ao DNA por meio da análise de intensidade da cauda de 100 nucleóides por animal, classificados em uma de cinco classes e verificou-se também a frequência de danos (FD%) através do cálculo da relação entre algum dano com o total de nucleóides contados. O teste de micronúcleo ocorreu através da contagem da sua frequência, que pode ser fator indicador de alterações cromossômicas. Os ensaios citotóxicos foram realizados em linhagens J774 (macrófagos), HEK (embrionária renal) e células tumorais S-180 (Sarcoma-180). No ensaio de toxicidade aguda ocorreram algumas alterações comportamentais nos animais, contudo não houve morte nos 14 dias de observações e nem variação significativa de peso entre o grupo tratado e grupo controle (p=0.14). O extrato foi avaliado como tendo baixa toxicidade. A presença de genotoxicidade na dose 150mg/kg de extrato e a sua ausência na dose 300mg/kg foram inversas aos resultados mutagênicos e pode ser justificada como um possível efeito de hormese. No modelo citotóxico entre células HEK-293 e extrato, foi potencializada a viabilidade celular. O estudo citotóxico entre células J774 e o extrato não demonstrou significância estatística. O resultado encontrado no ensaio citotóxico entre células do tipo Sarcoma-180 em diferentes doses do extrato aponta inibição da viabilidade celular do sarcoma no tempo de 24h. Diante dos achados deste estudo, pudemos apontar o efeito antitumoral in vitro do extrato e sua baixa toxicidade, fator que não implica limitação para a continuação de ensaios préclínicos.