Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
ALVES, Robson Raion de Vasconcelos |
Orientador(a): |
PAIVA, Patrícia Maria Guedes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/53250
|
Resumo: |
As folhas da Moringa oleifera possuem alto valor nutricional, sendo ricas em proteínas. As folhas são bastante utilizadas como remédio e na alimentação. No entanto, há necessidade de mais estudos sobre a segurança de uso de preparações de folhas. Este trabalho analisou preparações ricas em proteína das folhas de M. oleifera. O extrato salino (LE) e a fração rica em proteínas (PRF) de folhas de M. oleifera foram investigados quanto a presença de metabólitos secundários e proteínas antinutricionais (inibidor de tripsina e lectina), citotoxicidade para linfócitos humanos, atividade hemolítica, toxicidade oral aguda em camundongos e genotoxicidade. Adicionalmente, PRF foi investigada quanto à toxicidade oral subaguda em ratos. Os flavonoides rutina e vixetina e inibidor de tripsina foram detectados em LE (0,12g%, 0,01g% e 55,38U/mg, respectivamente) e em PRF (0,04g%, 0,05g% e 87,89U/mg, respectivamente), enquanto lectina foi detectada apenas em PRF (2,5 título-1/proteína mg/mL). LE e PRF não foram tóxicas para os linfócitos e não apresentaram atividade hemolítica. Os animais tratados com LE e PRF (2.000 mg/kg) apresentaram mudança comportamental apenas na primeira hora após os tratamentos e parâmetros hematológicos semelhantes aos animais do grupo não tratado. Aumento significativo nos níveis séricos de alanina aminotransferase (ALT) e discreta infiltração leucocitária com vacuolização citoplasmática nos hepatócitos foram detectados apenas nos animais tratados com LE. As preparações não foram genotóxicas ou mutagênicas. O ensaio de toxicidade oral subaguda revelou que os animais tratados com PRF em 20, 40 e 80 mg/kg/dia não apresentaram alterações comportamentais. Os parâmetros hematológicos e bioquímicos, assim como hemostasia e eletrólitos, foram semelhantes aos do grupo não tratado. Não foram observadas alteração histopatológicas no fígado, rins, baço, pulmão e coração. PRF elevou o biomarcador de estresse oxidativo TBARS em relação ao grupo não tratado, enquanto os níveis de Carbonil não foram alterados. Os tratamentos em 40 e 80 mg/kg/dia resultaram em aumento da atividade das enzimas antioxidantes superoxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa-S-transferase (GST) enquanto o tratamento em 20 mg/kg/dia levou a aumento nos níveis de sufidrilas. PRF também aumentou a concentração de moléculas antioxidantes não enzimáticas (glutationa e glutationa dissulfeto) em todas as concentrações testadas. Análise de metabolômica por RMN1H revelou a presença de 43 metabólitos polares em animais tratados e não tratados com PRF e que PRF promoveu diminuição de glicose e aumento de xantina e aminoácidos essenciais no fígado. Os estudos revelaram que as preparações proteicas testadas contem inibidor de tripsina, lectina e flavonoides. LE e PRF não foram citotóxicas, hemolíticas ou genotóxicas e não apresentaram toxicidade oral aguda. Adicionalmente, PRF não apresentou toxicidade subaguda, elevou a atividade de enzimas antioxidantes hepáticas, promoveu dano oxidativo, diminuiu o balanço redox, apresentou efeito hipoglicemiante e elevou a quantidade de intermediários do ciclo do ácido cítrico. |