Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
DUARTE, Jôuldes Matos |
Orientador(a): |
RAMOS, Ana Catarina Peregrino Torres |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Arqueologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/22383
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Resumo: |
Nas escavações de acompanhamento arqueológico do Plano de Requalificação Urbanística da Comunidade do Pilar, no Bairro do Recife, realizadas entre 2011 e 2013 pela Fundação Seridó em pareceria com a Universidade Federal de Pernambuco e Prefeitura do Recife, foram encontrados, imediatamente abaixo dos alicerces das edificações da quadra 55 do bairro, esqueletos sem acompanhamentos funerários aparentes, inumados em covas sem contornos observáveis e, em sua maioria, com os pés voltados para o leste. No Brasil, até o século XIX, todos os indivíduos católicos eram enterrados nas igrejas, seja, dentro ou no pátio a depender das condições financeiras para pagar pelo enterro. Por que esses indivíduos foram sepultados em lugar anômalo para os costumes mortuários de então? Durante o século XVII, período da dominação neerlandesa no Recife, houve a prática de outras religiões que não somente a católica, como as protestantes e a judaica. Além disso, o local antes ocupado pelo Forte de São Jorge foi convertido em hospital para a população do Recife Holandês. Os profissionais de saúde vindos para atender no estabelecimento podem ter introduzido alterações das práticas mortuárias, ainda que por um curto período de tempo. Os ambientes assistenciais (hospitais, hospícios, albergues, hospedarias, hotéis…) têm sido pesquisados pela Arqueologia desde os anos 1990, com poucas publicações a respeito na Europa, com ênfase na Bioarqueologia. Este trabalho, portanto, busca compreender o ambiente mortuário em sua relação com o Hospital da Companhia das Índias Ocidentais no Recife e contribuir com o conhecimento arqueológico das práticas mortuárias em espaços possivelmente assistenciais. Para isso, foram apresentados o histórico da ocupação do istmo e os dados arqueológicos obtidos com a escavação. As práticas foram descritas, especificamente em relação aos seus espaços para seus rituais mortuários. Em seguida, foram apresentados exemplos de práticas mortuárias em ambientes assistenciais a partir de dados historiográficos e arqueológicos para finalmente apresentar a discussão dos resultados da pesquisa, os quais apontaram para um uso voltado às necessidades do Hospital da WIC, mas não exclusivamente, com orientações religiosas não determinativas do calvinismo na inumação dos corpos. |