Arqueologia funerária no cemitério de Santo Amaro : jazigos e signos da elite recifense na segunda metade do século XIX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: MACHADO, Filipe Diêgo Cintra
Orientador(a): CASTRO, Viviane Maria Cavalcanti de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Arqueologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31761
Resumo: O presente trabalho se enquadra no universo das representações sobre a morte na sociedade recifense no interior do cemitério de Santo Amaro na segunda metade do Século XIX. Encontrou seu arcabouço teórico, em especial nos estudos cemiteriais, dentro da arqueologia histórica, onde os cemitérios, como sítios arqueológicos, podem ser estudados enquanto uma representação do passado. Para tanto, o questionamento formulado diz respeito a que grupos socioeconômicos estão representados nos jazigos do Cemitério de Santo Amaro na segunda metade do século XIX. E, diante desta pergunta, formulou-se a hipótese de que os jazigos representam, na sua maioria, grupos da elite recifense do século XIX. Objetivou-se compreender que grupos socioeconômicos estão representados nos jazigos do cemitério de Santo Amaro entre 1851-1900. Diante disso, buscou-se abordar os aspectos cemiteriais, rituais e mesmo estruturais – dos jazigos e dos signos, dos indivíduos sepultados. Os dados analisados demonstram haver distinção social no interior do cemitério e essas diferenças são perceptíveis através dos jazigos, dos signos utilizados para a decoração tumular e da própria localização do sepultamento. Essas distinções ressaltam que o processo de mudança dos sepultamentos das igrejas para o cemitério extramuros perpetuou e, até mesmo, ampliou as questões de caráter social, político, econômico, cultural e religioso. Conclui-se, portanto, que aspectos da vida cotidiana dos vivos podem ser observados no interior dos cemitérios extramuros.