AIDS e solidariedade: um estudo sobre as redes sociais dos portadores de HIV/AIDS em Cabo Verde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Freire Joaquim Varela, Osvaldo
Orientador(a): Henrique Novaes Martins de Albuquerque, Paulo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9441
Resumo: Este trabalho analisa o papel das redes sociais na organização da solidariedade em relação às pessoas soropositivas e com AIDS. O objetivo central desse estudo consistiu em analisar os padrões de laços que unem as pessoas que vivem com o HIV e/ou AIDS e mostrar as implicações de suas redes de relações sociais significativas, ativadas no enfrentamento do HIV/AIDS, na estruturação de ações coletivas e organizadas, como respostas à epidemia da AIDS, e no surgimento de identidades coletivas, elemento fundamental para a articulação dos portadores nas esferas públicas de sociabilidade. Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, de caráter qualitativo, realizada com doze sujeitos, homens e mulheres, adultos, que são assistidos na delegacia de saúde da Praia, em Cabo Verde, arquipélago localizado no oceano atlântico a 450 km da costa ocidental do continente africano. O estudo mostrou que não obstante em Cabo Verde existam experiências de organização em rede, tanto a nível das organizações da sociedade civil, quanto a nível da cooperação internacional, que moldam e condicionam a forma através da qual a sociedade cabo-verdiana tem respondido à epidemia do HIV/AIDS, a organização das pessoas portadoras do HIV/AIDS em rede constitui umas das fraquezas das respostas não governamentais e comunitárias à AIDS, em Cabo Verde. A reconstituição das redes egocentradas dos sujeitos entrevistados evidencia estruturas de redes com baixo potencial de organização e estruturação de ações coletivas