A escola também é o lugar dos orixás : o ensino de História e as religiões de matriz africana na sala de aula

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: HOLANDA, Sheila Magda Ferreira de
Orientador(a): SILVA, Adriana Maria Paulo da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Profissional em Ensino de História em Rede Nacional (PROFHISTÓRIA)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/53476
Resumo: A presente dissertação propõe a efetivação de ações no Ensino de História para o exercício de uma prática docente antirracista, a partir do estudo historiográfico da presença das religiões de matriz africana no Brasil. No desenvolvimento deste estudo, recorremos à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e ao Currículo de Pernambuco (PE) para o Ensino Médio (EM) e verificamos que as religiões de matriz africana, apesar de serem citadas nestes documentos, não são “levadas” para as salas de aula. Em defesa da urgência de ensinar um olhar singular sobre as religiões de matriz africana nas aulas de História, utilizamos Arroyo (2013; 2014), Cavalleiro (2001), Candau (2010), Foucault (2012), Mattos (1991), Meirieu (1998), Prandi (1997), Reis (1989), Rufino (2021), Santos (2009), Silva (1995) e Walsh (2008) como principais referenciais teóricos. Defendemos um Ensino de História voltado para uma educação que valorize a diversidade cultural e que seja emancipatória. Como estratégia didática direcionada à história escolar, elaboramos uma sequência baseada no assunto “Brasil Imperial”, objetivando aproximar os estudantes 2o ano do Ensino Médio às religiões de matriz africana, por meio aulas dialogadas, discussão de materiais fílmicos, desafios e da realização de tour virtual num tradicional terreiro de Candomblé, de Olinda. Nesta sequência argumentamos que as tradições dos Orixás, reunidas de diferentes maneiras, nos diferentes terreiros, com diferentes nomenclaturas, todas elas, expressam não só a grandeza da fé das populações afrodescendentes, mas também, uma ética eco-ambiental positiva e seu compromisso diário com as lutas anti-escravocratas e antirracistas, ontem e hoje.