Respeite nosso Axé: o Imaginário Docente Sobre as Religiões de Matrizes Africanas no Espaço Escolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: XAVIER FILHO, José Luiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Pernambuco Campus Garanhuns
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://deposita.ibict.br/handle/deposita/343
Resumo: Dentro do espaço escolar, que deveria ser laico, existem relações de poder e dominação de princípios e doutrinas religiosas que sobrepujam outras. Assim, as doutrinas religiosas podem contribuir para o fortalecimento dos preconceitos e racismo religioso, silenciamentos e ocultamentos dentro do campo da Educação e do ensino da História. Com o olhar para situações como essas, a presente pesquisa traz como objetivo analisar a percepção dos(as) docentes de uma escola pública acerca das religiões brasileiras de matrizes africanas considerando a Lei n. 10.639/2003 que estabelece a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-brasileira em sala de aula. Propõe também abordar o Imaginário, na compreensão dos significados de tais religiões na construção da identidade histórica e sociocultural brasileira, em reflexão que se volte à formação dos estudantes do Ensino Fundamental dos Anos Finais. Trata-se de um estudo de caso instrumental, de abordagem qualitativa e exploratória, empregando o procedimento da pesquisa documental (curricular e escolar) e bibliográfica, utilizando como arcabouço teórico-metodológico a Teoria Geral do Imaginário, a hermenêutica simbólica a partir do Teste Arquetípico de 9 Elementos (AT-9), e da metodologia da Entrevista Compreensiva. Dessa forma, mapeamos as projeções imagéticas dos(as) docentes, após a aplicação do teste AT-9 e a interpretação destes através dos contributos das Estruturas Antropológicas do Imaginário, propostas por Gilbert Durand. Dentro dos cinco testes projetivos analisados, encontramos dois participantes que apresentaram um microuniverso mítico sintético existencial do tipo duplo universo existencial diacrônico: um que apresentou um microuniverso mítico heroico do tipo heroico descontraído; outro apresentou um microuniverso mítico heroico do tipo heroico impuro; e por fim, o último analisado, um microuniverso mítico místico do tipo místico impuro. Como o suporte da Entrevista Compreensiva e do teste AT-9, encontramos dentro do imaginário docente, práticas e metodologias de ensino que já realizavam dentro de sua autonomia em sala de aula, experiências pessoais que tiveram com o sobrenatural religioso afro-brasileiro, e, em contrapartida, outros(as) também relatam que por mais que tenham “medo” tentam não passar essa projeção em sala de aula durante suas práticas educativas e aulas ministradas.