Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
ALMEIDA, Denise Dias |
Orientador(a): |
SPINILLO, Alina Galvão |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia Cognitiva
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38824
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Resumo: |
A compreensão leitora é fundamental tanto para a aprendizagem escolar, em todos os seus segmentos, como para o sucesso na realização de atividades cotidianas em uma sociedade letrada. Além de relevante, é atividade complexa que envolve diferentes dimensões (cognitiva, social e linguística). A maioria das pesquisas com crianças investiga a compreensão de textos narrativos, sendo raras aquelas que examinam outros tipos de texto como é o caso do presente estudo que envolve textos narrativos, argumentativos e expositivos. A compreensão leitora desses três tipos de texto foi avaliada a partir de dois recursos metodológicos (o método pergunta-resposta e a reprodução oral do texto; e em função da modalidade de leitura (leitura em voz alta e silenciosa). Foi realizada, ainda, uma entrevista sobre a opinião da criança acerca de qual dos três textos era o mais fácil e qual o mais difícil, justificando sua resposta. Participaram do estudo 48 crianças de 10 anos, alunas do 5º ano do ensino fundamental de escolas particulares em Petrolina-PE. Metade dos participantes fazia a leitura em voz alta e a outra metade fazia leitura silenciosa. Após a leitura de cada texto, a criança era solicitada a reproduzi-lo oralmente e a responder perguntas inferenciais (causais e de estado) sobre ele. Tanto as reproduções como as respostas dadas às perguntas foram classificadas em categorias hierárquicas. As reproduções foram melhores no texto narrativo que no argumentativo e expositivo, nos quais as crianças tiveram o mesmo nível de dificuldade. O desempenho nos três textos na tarefa de perguntas foi satisfatório, sendo isso mais expressivo em relação ao texto narrativo. Este padrão de resultados foi o mesmo nas duas tarefas, concluindo-se que, independentemente de ser uma compreensão global (reprodução) ou ser uma compreensão local (perguntas inferenciais), o texto narrativo foi o mais fácil de ser compreendido, enquanto não havia diferenças entre os dois outros textos. Observou-se que nesta faixa etária o tipo de pergunta (causal e de estado) não teve qualquer influência sobre a compreensão em nenhum dos três textos. A modalidade de leitura não influenciou a qualidade das reproduções e nem tampouco das respostas na tarefa de perguntas, sendo isso observado em relação a cada tipo de texto. Concluiu-se que a modalidade de leitura não teve impacto sobre a compreensão dos textos. Na entrevista de opinião, a maioria dos participantes indicou o texto narrativo como o mais fácil de compreender e o argumentativo como o mais difícil. Esta opinião sobre sua própria compreensão está em acordo com o desempenho observado nas duas tarefas, concluindo-se que as crianças emitiram julgamentos apropriados acerca de sua própria compreensão. Vocabulário, memória, tamanho e conteúdo do texto foram as razões apontadas nos julgamentos. Nos três tipos de textos, a razão predominante era relativa ao conteúdo, não se observando uma relação específica entre uma dada razão e um tipo particular de texto, podendo as razões se aplicarem a qualquer um dos três textos investigados. Pesquisas futuras são discutidas. |