Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
QUEIROZ, Jacqueline Travassos de |
Orientador(a): |
SPINILLO, Alina Galvão |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia Cognitiva
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/27919
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Resumo: |
Embora haja um vasto número de autores e de estudos acerca da compreensão de textos, ainda há muito o que se investigar sobre esta temática. Devido à complexidade deste processo, há diversas possibilidades de olhares e procedimentos de investigação. Essas possibilidades variam em função de concepções teóricas e de relações que são estabelecidas entre a compreensão leitora e aspectos diversos como idade, escolaridade e tipos de textos que são alvo da compreensão do leitor. É um consenso na literatura a ideia que a compreensão de textos envolve a construção de um modelo mental que se propõe a explicar como se dá a integração entre as diferentes informações, intratextuais e derivadas do conhecimento de mundo do leitor, em uma representação mental coerente. Com base no Modelo de Construção-Integração (CI), o presente estudo apresenta a compreensão de textos como um processo contínuo de interação entre o leitor e o texto. A presente investigação realizou um estudo acerca das relações entre compreensão de texto, tipos de inferências e tipos de texto (narrativo, argumentativo e expositivo) ao longo dos primeiros anos de escolarização – do último ano da Educação Infantil até o 5º ano do Ensino Fundamental, dos 4,9 anos a 11,8 anos. Os textos narrativos foram histórias, os textos argumentativos foram textos de opinião e os textos expositivos foram textos do teste de Avaliação da Compreensão Leitora de Textos Expositivos. Na presente investigação foram utilizados nove textos de diferentes tipos, sendo: três narrativos (histórias), três argumentativos e três expositivos. Em cada tipo, os textos variavam quanto à complexidade, de forma que havia um texto mais elementar, um intermediário e outro mais complexo. Cada participante leu três textos, sendo um de cada tipo com base no ano escolar em que estava matriculado. Tomando a compreensão como uma atividade inferencial que vai além da decodificação, o presente estudo examinou duas classes de inferências: inferências de estado e inferências causais. A presente investigação, de maneira geral, examinou relações entre compreensão de texto, tipos de inferências e tipos de textos (narrativo, argumentativo e expositivo) ao longo dos primeiros anos de escolarização. Para isso, buscou: a) Analisar se o desempenho varia nos diferentes tipos de texto; b) Analisar se o desempenho varia quanto aos diferentes tipos de perguntas inferenciais; c) Analisar se o desempenho varia nos diferentes tipos de textos quanto aos diferentes tipos de inferências. Essas questões foram analisadas e categorizadas por dois juízes independentes. Os resultados mostraram que as relações entre compreensão de texto, tipos de inferências e tipos de texto, apresentaram-se de forma diferenciada na maioria dos anos escolares investigados, demonstrando que a capacidade de compreensão parece estar mais associada à familiaridade com os tipos textuais do que com a própria estrutura do texto apresentado. Já que crianças de todas os anos investigados foram capazes de estabelecer respostas inferenciais coerentes e completas nos diferentes tipos textuais, no entanto esse tipo de resposta foi mais frequente nos textos narrativos, que são trabalhados no ambiente familiar e escolar desde muito cedo. |