Transtorno do estresse pós-traumático, composição corporal, força e espessura muscular, capacidade funcional e qualidade de vida de pacientes pós COVID-19 : estudo transversal
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Fisioterapia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49360 |
Resumo: | As principais manifestações sistêmicas dos pacientes com a COVID-19, destaca-se o comprometimento dos sistemas cardiovascular, metabólico e nervoso, além das disfunções musculoesqueléticas e impactos emocionais devido a eventos traumáticos durante a hospitalização. O transtorno de estresse pós traumático (TEPT), caracterizado por recordações angustiantes involuntárias e intrusivas pode ser considerado um impacto emocional que merece ser investigado. O objetivo desse estudo foi verificar a prevalência de TEPT após o internamento hospitalar por COVID- 19, e comparar a composição corporal, força e espessura muscular, a capacidade funcional e a qualidade de vida entre pacientes com e sem esse transtorno após um período mínimo de quatro meses da alta hospitalar (UTI e/ou enfermaria). Estudo transversal, aprovado pelo comitê de ética institucional (parecer no 4.666.479) e desenvolvido no Laboratório de Fisioterapia Cardiopulmonar do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco. Foram incluídos indivíduos de ambos os sexos, com idade entre 31 e 77 anos, que tiveram COVID-19, com diagnóstico comprovado, com internamento em UTI ou enfermaria e se apresentassem clinicamente recuperados, a partir do 4o mês da alta hospitalar. Indivíduos com alterações musculoesqueléticas que impedissem a realização dos testes funcionais, alterações cognitivas que dificultassem o entendimento dos questionários, instabilidade hemodinâmica e que tenham realizado programa de treinamento pós alta hospitalar foram excluídos do estudo. Os indivíduos foram avaliados quanto ao TEPT com a escala IES-R, nível de atividade física, composição corporal, força muscular inspiratória e expiratória, força de preensão palmar, mobilidade e equilíbrio, espessura do músculo quadríceps do membro inferior dominante, distância percorrida no teste de caminhada de 6 min e a qualidade de vida. Como resultado o artigo original intitulado como: “Post-traumatic stress disorder in individuals who required hospitalization for COVID-19: A cross-sectional study”. Dos 153 participantes elegíveis para o estudo, 60 finalizaram as avaliações. A prevalência de TEPT nos indivíduos avaliados foi de 48,3%, no entanto, outros 38,7% apresentaram sintomas parciais. Nos indivíduos com TEPT, 65,5% eram obesos, 62,1% hipertensos e sedentários (p= 0,009). Esses indivíduos tiveram internamento em UTI e maior número de dias internados, respectivamente (p <0,001 e p= 0,010). Quanto a funcionalidade, os indivíduos com TEPT também apresentaram maior tempo para realizado do TUG (p= 0,014), menor distância percorrida predita no TC6 min (p= 0,001) e redução em todos os domínios do questionário SF-36. Como conclusão, verifica-se alta prevalência de TEPT após 4 meses de alta hospitalar nos indivíduos recuperados da COVID-19 e repercussões funcionais. |