Reações psicopatológicas em pacientes com câncer de laringe

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: BARBOSA, Leopoldo Nelson Fernandes
Orientador(a): SOUGEY, Everton Botelho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/20061
Resumo: No Brasil, o câncer é considerado a segunda causa de morte por doença e os dados epidemiológicos apontam para elevadas taxas de incidência em todo o mundo. Entre os diversos tipos existentes, o câncer de laringe é um dos mais comuns a atingir a região da cabeça e pescoço, correspondendo a cerca de 25% dos tumores malignos que acometem esta região. O tratamento deste tipo de câncer frequentemente inclui a quimioterapia, radioterapia e cirurgia, associadas ou não, implicando, muitas vezes, em procedimentos agressivos, como na traqueostomia. Através de um desenho de corte transversal, o objetivo desse estudo foi investigar as reações psicopatológicas em pacientes com câncer de laringe e que se submetem a laringectomia total. Tabagismo e alcoolismo, reconhecidos como os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença, foram presentes, respectivamente em 90,7% e 90,8% da amostra. A anatomia funcional é bruscamente modificada e funções básicas como a respiração, a alimentação e principalmente a perda da fala, associada às estruturas utilizadas na interação e na expressão de afetividade e das emoções, são alteradas. Além disso, o afastamento dos amigos, das atividades ocupacionais de lazer e laborais são comuns, o que repercute diretamente e de modo negativo na qualidade de vida dos pacientes, desde o momento anterior a cirurgia. A presença de reações psicopatológicas também é frequente. Entre os transtornos psiquiátricos mais comuns estão a depressão (37%), o transtorno de ansiedade generalizada (25,2%), a agorafobia (21,8%), o risco de suicídio leve(11,8%) e a fobia social (7,6%). Assim, compreender como essas modificações decorrentes das especificidades desse tratamento afetam a vida dos pacientes pode auxiliar a equipe de saúde no planejamento da reabilitação integral que envolve não apenas os aspectos biológicos, mas, principalmente o suporte as demandas psicossociais específicas dessa população.