O mito edênico e o drama da decisão jurídica: uma análise retórica de gênesis 2 e 3 e suas implicações para a prática judicial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Dantas da Silva, Martonelli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4732
Resumo: Tendo como elemento central a análise retórica do mito edênico (Gn. 2 e 3), esta dissertação aborda a força que tal narrativa tem tido para forjar, tanto no Ocidente como no Oriente, um comportamento de submissão e passividade diante das autoridades que se colocam no poder. Vê, contudo, igualmente presente no texto, um convite à abstenção da prática de julgamentos dos comportamentos morais (desconhecer o bem e o mal), que é apresentado como sendo tarefa de Deus e não dos homens. Estes, segundo o autor, ao se arvorarem a prolatar sentenças em relação aos seus semelhantes, findam por externar preconceitos, os quais se firmam na sociedade por meio de mecanismos de violência simbólica. Finda, o autor, em face da impossibilidade prática e imediata de uma via de convivência social sem que nela esteja presente as estruturas de poder e de controle, entre as quais destaca o judiciário, convidandonos a adotar uma postura mais humilde e fraterna quando do momento da decisão, com o fito de minorar os efeitos da brutalidade potencial e real que as sentenças tendem a realizar