Do gênesis à gênese da hermenêutica filosófica: a interpretação como locus de criação da realidade na decisão judicial.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Martorelli Dantas da
Orientador(a): Silva, Gustavo Just da Costa e
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11277
Resumo: A presente tese tem por objeto a condição epistêmica dos seres humanos, adotando em relação a esta uma postura cética, no sentido de que os indivíduos são incapazes de alcançar uma compreensão objetiva e universalmente válidas dos elementos que são trazidos à sua apreciação de um modo geral e daqueles que constituem o processo judicial de um modo particular. Para isso, parte de uma interpretação retórico-demitologizante dos onze primeiros capítulos do livro de Gênesis, pretendendo retirar das narrativas míticas ali presentes kerügmas que introduzam e ilustrem esta condição. Segue-se um estudo da história da hermenêutica teológica, começando no século II a.C. até o século XIX d. C. Do mito da Queda retiramos o kerügma da impossibilidade de termos o conhecimento necessário para que pudéssemos fazer acertados juízos de valor moral; do mito do fratricídio retiramos o kerügma da necessidade de romper conscientemente com a intenção autoral no processo de produzirmos nossas interpretações; por fim, do mito de Babel retiraremos o kerügma da impossibilidade radical de que duas pessoas se compreendam de forma plena, passando pelos estudos de Heidegger e Gadamer para desembocar na compreensão de como se formam juízos cogentes por meio da violência simbólica de que nos fala Bourdieu.