Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, Vanessa Maria dos |
Orientador(a): |
QUEIROZ, Thyago Moreira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Nutricao, Atividade Fisica e Plasticidade Fenotipica
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/53935
|
Resumo: |
Uma nutrição materna rica em gordura saturada em períodos críticos do desenvolvimento está associada ao aumento do risco de doenças crônicas na vida adulta, incluindo obesidade e doenças cardiovasculares. No entanto, diversos estudos experimentais tem demostrado o ômega-3 como capaz de atenuar os efeitos deletérios na prole do consumo de uma dieta materna hiperlipídica nessas fases. Diante disso, o objetivo desse estudo foi investigar os efeitos cardiovasculares na prole de ratas submetidas à dieta hiperlipídica enriquecida com ômega-3 através do óleo de linhaça durante a gestação e lactação. Ratos com oferta de água e suas respectivas dietas no acasalamento, gestação e lactação, formaram os seguintes grupos: controle (CT) – dieta padrão/AIN-93G; hiperlipídico (HL) – dieta rica em ácidos graxos saturados; e hiperlipídico com ômega-3 (HLꞶ3) – dieta rica em ácidos graxos saturados enriquecida com ômega-3 através do óleo de linhaça. Ao desmame, as proles machos receberam ração comercial. Foi medido a massa corporal, perfil bioquímico, peso do coração, rins e índice de hipertrofia cardíaca, assim como nível de malondialdeído (MDA) na aorta, coração e rim, nas genitoras e na prole. Além parâmetros murinométricos, controle alimentar e hídrico, mensuração da pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) com 60 e 90 dias, e reatividade vascular na prole. Resultados foram expressos como média ± e.p.m. com ANOVA seguido do pós-teste de Tukey ou teste “t” Student não pareado, considerando p < 0,05. Os resultados das genitoras mostraram quando comparado ao grupo CT que as HL apresentaram maior massa corporal na gestação e lactação e as HLꞶ3 apenas na lactação. Em relação aos exames bioquímicos, peso absoluto dos órgãos e índice de hipertrofia cardíaca, não houve diferença entre os grupos. No entanto, comparado ao CT, um aumento no nível de MDA no coração e rim do grupo HL foi observado, porém quando comparado ao HL, o grupo HLꞶ3 apresentou diminuição no coração. Na prole foi encontrado massa corporal maior nos grupos HL e HLꞶ3 quando comparado ao grupo controle aos 21, 30, 60, 90 dias de vida e nas 8 semanas no intervalo de 30 a 90 dias, sem maior ingestão alimentar. Também foi identificado maior circunferência abdominal aos 21, 60 e 90 dias, além do comprimento nasocaudal aos 21, 30 e 90 dias de vida da prole HL e HLꞶ3, embora nenhuma diferença significativa no índice de massa corporal (IMC) e índice de Lee entre os grupos. Além disso, a prole HL apresentou aumento da PAS em ambos períodos avaliados, peso dos rins, coração e índice de hipertrofia cardíaca, vasorelamento reduzido e vasoconstrição aumentada em aorta, como também estresse oxidativo aórtico, cardíaco e renal. Enquanto nas proles HLꞶ3, o enriquecimento com óleo de linhaça, fonte de ômega-3, reverteu o dano oxidativo na aorta, coração e rim pela diminuição dos níveis de MDA. Diante disso, nossos dados sugerem que a dieta HL promove desfechos carbiometabólicos adversos e que a HLꞶ3 é capaz de atenuar parcialmente os efeitos observados. |