Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Zeca, Suelen Guedes
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Orientador(a): |
Almeida, Norma Aparecida dos Santos |
Banca de defesa: |
Almeida, Norma Aparecida dos Santos,
Côrtes, Wellington da Silva,
Souza, Luciane Claudia Barcellos dos Santos |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14935
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Resumo: |
Inúmeras desordens metabólicas apresentam relação com a obesidade e tais alterações podem levar a disfunções cardiometabólicas. Estudos clínicos e epidemiológicos sugerem que insultos ambientais, hormonais ou nutricionais em períodos críticos de desenvolvimento podem acarretar o surgimento de doenças crônicas na vida adulta. Esse conceito é denominado programação metabólica. O consumo materno de dietas obesogênicas pode programar a prole para obesidade e alterações cardiometabólicas a longo prazo. Dados anteriores do nosso grupo mostraram que, ao desmame, filhotes machos de ratas em dieta hiperlipídica são obesos, hiperleptinêmicos, apresentam excesso de hormônios tireoideanos (HT) na circulação e de catecolaminas na adrenal. Sabendo que tais hormônios modulam o sistema cardiovascular, neste trabalho investigamos se o consumo materno de dieta hiperlipídica altera a expressão ventricular dos receptores para HT (TRα1 e TRβ1 e do β1 -adrenérgico (β1-AR), ao desmame, e a função cardíaca e pressão arterial da prole jovem de ambos os sexos. Para isso, ratas Wistar consumiram dieta controle (9% lipídeos, grupo C) ou hiperlipídica (29% lipídeos, grupo DH) por 7 semanas consecutivas antes do acasalamento, e durante a gestação e lactação. Ao desmame, parte das proles foram eutanasiadas por punção cardíaca. Sangue, tecidos adiposos brancos, tecido adiposo marrom, coração, pulmões e fígado foram coletados e pesados, os ventrículos foram homogeneizados para análise da expressão proteica dos receptores β1-AR, TRα1 e TRβ1 pelo Western Blotting e a leptina sérica foi avaliada através de radioimunoensaio. Os demais filhotes foram mantidos em biotério com acesso ad libitum a dieta normolipídica até a realização de análises funcionais aos 30 dias de idade. Observamos que matrizes DH apresentaram menor ingestão alimentar e não desenvolveram obesidade nas semanas anteriores ao acasalamento. Durante a lactação, a prole DH apresentou maior massa corporal a partir do 6º (machos) ou 9º (fêmeas) dia de vida. Ao desmame, a prole DH apresentou maior massa corporal, adiposidade e hiperleptinemia. Houve aumento da massa ventricular de machos e fêmeas da prole DH e, no entanto, o aumento na massa atrial foi observado somente nas fêmeas. A análise da massa pulmonar e hepática, medida indireta de avaliação da congestão dos órgãos quando há insuficiência cardíaca, revelou que somente os machos da prole DH apresentavam aumento na massa pulmonar, enquanto a massa hepática aumentou em ambos os sexos. A expressão ventricular do β1-AR foi superior nas fêmeas da prole DH, enquanto a expressão do TRα1 estava maior somente nos machos. Não observamos alterações na expressão do TRβ1 entre as proles. Aos 30 dias, a prole DH não apresentou variação no peso corporal em relação a prole C. Ao analisar a função cardíaca, a prole fêmea apresentou prejuízo na função sistólica (diminuição da fração de ejeção e aumento do volume sistólico final) e os machos, embora apresentassem diminuição na fração de ejeção, parecem compensar a disfunção sistólica com hipertrofia. Nenhuma alteração foi observada na frequência cardíaca, condução elétrica, tônus simpático do coração ou pressão arterial da prole DH. Nossos resultados demonstram que o consumo materno de dieta hiperlipídica promove alterações precoces na função cardíaca de ratos independente do sexo do filhote, no entanto os resultados sugerem que machos e fêmeas apresentam mecanismos diferenciados no estabelecimento das disfunções. |