Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
BLOISE, Aline Maria Nunes de Lira Gomes |
Orientador(a): |
SILVA, João Henrique da Costa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Nutricao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49655
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Resumo: |
O consumo materno de dieta hiperlipídica com alto teor em ácidos graxos saturados durante gestação e lactação está relacionado ao maior risco de desenvolvimento de doenças cardiometabólicas na idade adulta da prole. Investigamos se o enriquecimento com ômega-3 à dieta hiperlipídica é capaz de atenuar as alterações metabólicas, o aumento de marcadores inflamatórios e distúrbios cardiorrespiratórios resultantes do consumo da mesma. As proles de ratos Wistar foram alimentadas com dieta controle (C: 19% de lipídios e razão ω6:ω3 = 12,66), HL (HL: 33% lipídios e razão ω6:ω3 = 21,22) ou HL enriquecida com ômega-3 (HLω3: 33% de lipídios e razão ω6:ω3 = 9,45) durante a gestação e lactação e seus filhotes machos foram avaliados. Foram avaliados o consumo alimentar da prole, medidas murinométricas, parâmetros bioquímicos séricos e ventilatórios ao longo da vida (1, 7, 14, 21, 30, 90 e 300 dias). Os testes de tolerância à glicose e ao piruvato (TTG e TTP), testes de sensibilidade à insulina (TSI), estresse oxidativo, expressão gênica de marcadores inflamatórios e enzimas antioxidantes no fígado foram analisados aos 90 e 300 dias. As medidas diretas da pressão arterial média (PAM) e frequência cardíaca (FC) também foram avaliadas aos 90 e 300 dias. A comparação dos grupos foi feita através da ANOVA one-way e foi considerado p<0,05 como significativo. O grupo HL apresentou maior peso corporal (PC) no 1o dia de vida. Ambos os grupos HL e HLω3 apresentaram maior PC no 7o e 14o dia. Quanto a circunferência abdominal (CA), o HL e HLω3 apresentaram maior CA no 1o dia. No entanto, a partir do 7o dia, o HLω3 apresentou CA semelhante ao C nas idades avaliadas. O HL apresentou dislipidemia e hiperglicemia no 22o e 90o dia e o HLω3 apresentou menores valores no perfil lipídico e glicêmico. O HLω3 apresentou níveis mais baixos de ALT aos 22 dias de idade, quando comparado ao HL. Na idade de 30 dias, somente o HL apresentou maior valor de LDL. No 90o dia, HLω3 apresentou níveis de AST mais baixos que os demais grupos. Porém, em nosso estudo aos 300 dias de vida não encontramos melhora no perfil lipídico e nos níveis de transaminases hepáticas no grupo HLω3, quando comparado ao HL. O grupo HLω3 exibiu uma melhor resposta antioxidante e menor expressão gênica de marcadores inflamatórios no fígado. O HL apresentou aumento da FR no 1o e 14o dia. Em relação aos parâmetros cardiovasculares, o HL apresentou aumento da PAM no 90o dia, e tanto HL quanto HLω3 apresentaram PAM aumentada no 300o dia. Em geral, nosso estudo desmonstra que o consumo de dieta materna HL enriquecida com ômega-3 é capaz de atenuar ou prevenir prejuízos metabólicos induzidos pela dieta hiperlipídica até o inicio da idade adulta, mas não em idades mais tardias. Além disso, o enriquecimento com ômega-3 mitigou os efeitos deletérios da dieta rica em ácidos graxos saturados sobre os parâmetros ventilatórios durante o período de maturação da rede neural e o desenvolvimento da instalação precoce da hipertensão arterial na prole adulta. |