Consumo materno de dieta hiperlipídica: alteração na expressão do receptor de angiotensina II (AT1) e hipertrofia no coração da prole ao desmame

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rangel, Natália D' Assumpção Lima lattes
Orientador(a): Oliveira, Norma Aparecida Almeida Figueiredo de lattes
Banca de defesa: Oliveira, Norma Aparecida Almeida Figueiredo de lattes, Silveira, Anderson Luiz Bezerra da lattes, Souza, Luciane Claudia Barcellos dos Santos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11399
Resumo: A obesidade tornou-se um problema de saúde pública no mundo. Mulheres grávidas com sobrepeso podem causar programação metabólica na linhagem, com o surgimento de diabetes tipo2, dislipidemias e doenças cardiovasculares na fase adulta da progênie. Nosso grupo de pesquisa demonstrou anteriormente que o consumo materno de dieta hiperlipídica promoveu aumento da massa corporal, adiposidade, hiperleptinemia na prole de ratas ao desmame, além de prejuízo na função sistólica aos 30 dias de idade. O sistema renina angiotensina (SRA) expresso no coração parece desencadear hipertrofia cardíaca (HC), através da super expressão de Angiotensina II (Ang II) e ativação do seu receptor, AT1. Este estudo teve como objetivo investigar se o consumo materno de dieta hiperlipídica promove HC, e correlacionar este fenótipo à alterações ao sistema SRA cardíaco em animais machos e fêmeas da prole ao desmame. Para isso, ratas Wistar receberam dieta controle (9% lipídeos, grupo C) ou hiperlipídica (29% lipídeos, grupo DH) durante 8 semanas antes do acasalamento, e durante a gestação e lactação. Ao desmame, 21 dias de vida, as proles foram pesadas e eutanasiadas. O coração e os tecidos adiposos branco (retroperitoneal, inguinal e perigonadal) foram pesados. Análises histológicas (cortes corados com HE e picrossírius) foram realizadas utilizando amostras dos ventrículos e análises bioquímicas e moleculares (RIA e qPCR) foram realizadas utilizando amostras do ventrículo esquerdo (VE) e a expressão do receptor AT1 foi avaliada através da técnica de Western Blotting. Fêmeas e machos da prole DH, apresentaram maior massa corporal, adiposidade, hipertrofia do VE, mas não apresentaram fibrose; maior expressão do RNAm de Nppn; e menor de β-MHC, SERCA2a e Ryr2. A expressão do RNAm de α-MHC estava reduzida somente nos machos da prole DH. Não houve diferença na dosagem de Ang II entre as proles. A expressão protéica de AT1 estava maior nas fêmeas da prole DH, mas não foi alterada nos machos. Estes resultados sugerem que o consumo materno de dieta hiperlipídica promove hipertrofia do VE em fêmeas e machos, no entanto verificamos alteração na expressão de AT1 somente nas fêmeas, o que sugere que o sistema RAS pode estar envolvido com a HC observada nas fêmeas mas não nos animais machos da prole.