A socialização para cooperação: uma análise de práticas de educação não-formal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Figueredo Benzaquen, Júlia
Orientador(a): Weber, Silke
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9684
Resumo: A questão principal desta pesquisa é: quais são e como são desenvolvidas práticas de educação não-formal que socializam o valor cooperativo. Assumindo as discussões da dicotomia comunidade e sociedade, do crescente processo de individualização, do individualismo característico do contexto capitalista e das teorias da socialização, fazemos um estudo de caso em um grupo cultural do Programa de Animação Cultural (PAC). Partimos do pressuposto de que a economia solidária, prática baseada na solidariedade, e a educação popular se apresentam como espaços potenciais para a socialização do valor cooperativo. O contexto do nosso caso é apresentado a partir da sua história, estrutura e objetivos, das atividades de capacitação para os educadores não-formais, da escola na qual o grupo está inserido e do grupo em si. Nossa atenção está voltada para a cooperação, ou seja, ao fazer junto, e ao valor cooperativo, que se aproxima da idéia de solidariedade, implicando empatia e comprometimento com o outro. Através de observação participante, entrevistas e análise documental fazemos uma descrição etnográfica utilizando alguns indicadores de práticas cooperativas, como por exemplo: atividades realizadas em grupo e estímulo de respeito ao outro. O Animador Cultural do grupo propiciou oportunidades de socialização do valor cooperativo, mas por sua identificação com o papel do professor, ele falou mais sobre as práticas cooperativas do que oportunizou momentos de vivência delas. Este estudo permitiu aprofundar a compreensão de mecanismos de socialização do valor cooperativo na educação não-formal e ao mesmo tempo perceber a presença de valores societários individualistas, como obstáculo a considerar