Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
CINTRA, Lívia Lima Alves |
Orientador(a): |
BRANDÃO, Lucas André Cavalcanti |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Patologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33978
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Resumo: |
Lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma grave desordem crônica autoimune, caracterizada por perda da tolerância aos antígenos próprios com desregulação na resposta de intérferons, que podem ocorrer nos mais diversos sistemas do organismo. Ela provém da associação de fatores genéticos com outros de origem ambiental, imunológico ou hormonal. Ocorre uma resposta imune policlonal contra numerosos auto-antígenos nucleares com persistência de anticorpos antinucleares. São documentados muitos loci gênicos de envolvimento na patogênese do LES, dentre eles destacamos a molécula do Antígeno Leucocitário Humano (HLA) de reconhecimento antigênico, por ser um sistema primário de resposta imune adquirida, com alto índice polimórfico e participação comprovada da patogênese do LES. Este trabalho objetiva caracterizar o gene DRB1 do loci HLA classe II em pacientes adultos no estado de Pernambuco, portadores de LES, atendidos no setor de Reumatologia do Hospital das Clínicas do Recife – PE. Foram incluídos 178 pacientes portadores de LES e 69 controles saudáveis. Para avaliar o gene DRB1, foi produzido um par de primers (iniciadores), voltado para amplificar o Exon 2, usando as sequências gênicas de todos os alelos do HLA disponíveis no HLA Databases através do programa “R”, com posterior anáise de DNA por Sequenciamento de Sanger, para determinação do HLA em baixa resolução. Ao final, foram encontrados 356 alelos no grupo LES e 134 alelos nos controles saudáveis. Houve predomínio do sexo feminino, com idade média de 30 anos, e significância para risco à doença com os alelos DRB1*08 e DRB1*14 (p-value 0,04 para ambos). Esses dados constituem a primeira pesquisa brasileira a se quantificar alelos dentro do contexto do LES, sendo então pioneira. Embora traga dados diferentes do “habitual”, os alelos de fator de risco para LES apresentam grande heterogeneidade etiológica nas mais variadas literaturas e países do mundo. Estes dados podem subsidiar outras pesquisas, bem como a elaboração de técnicas de diagnóstico molecular, no intuito de otimizar os diagnósticos destes pacientes e o consequente acesso ao tratamento de maneira precoce. |