Resumo: |
Pensar a Linguagem Gráfica de acordo com a realidade do ensino brasileiro, tendo como foco a atuação do professor foi o ponto de partida para que pudéssemos observar o novo paradigma que o design assumiu na contemporaneidade, ou seja, a de um conhecimento que não deve mais ficar restrito apenas a uma formação profissional específica, mas a de um campo de conhecimento que pode ser compartilhado por aqueles que se configurem como geradores de informação visual. Relacionar o Design à Educação nos permitiu também pensar a sociedade contemporânea, por uma ótica particular a da informação visual onde ela e o seu fluxo assumem uma dimensão política revolucionaria que, de certa forma, estão proporcionando mudanças basilares como a do entendimento do professor como mediador fundamental no processo da educação. Para realizarmos esta pesquisa dividimos os conhecimentos abordados em três Dimensões Teóricas: de Configuração, Operacional e Temporal. Na primeira, apresentamos o Design da Informação como estrutura teórica formadora do pensamento gráfico e a sua análise do ponto de vista do uso em sala de aula; na segunda, a educação brasileira com foco na legislação que regula a formação da cultura visual dos brasileiros e a formação do professor; e por fim a terceira, que delimita a atuação dos condicionantes sócio-políticos e culturais do contexto social. Para confrontar nossa hipótese de que a introdução de conteúdos de design gráfico na formação de professores de licenciaturas contribuirá para a criação de uma estrutura argumentativa teórica e prática que favoreça o ensino legítimo da linguagem gráfica na sala de aula - e a pesquisa bibliográfica adotada, encontra-se apoiado nas considerações obtidas através da realização de um experimento, que se configurou através de um Focus Group técnica de abordagem qualitativa cuja análise se deu através do discurso dos professores das licenciaturas em geral e, dos professores designers. Portanto, quando assumimos o design em contraponto ao espírito do sujeito contemporâneo constatamos que apesar da relação, entre estes dois entes ser cada vez mais plural e partilhada resgatando o design do fragmento histórico e estético que a modernidade o fixou a inconsciência deste sujeito quanto ao uso, as necessidades e as possibilidades que o design, enquanto conhecimento assume, ainda é uma barreira a ser ultrapassada. Entretanto, na perspectiva em que trabalhamos se configura num campo fértil para futuros estudos que relacionam o design, a nossa cultura material e as estruturas sociais que alinhavam essa relação, portanto fundamentais para a consolidação da sua epistemologia. Diante destas considerações concluímos que, em primeiro lugar a Linguagem Gráfica não está presente na escola brasileira de forma legítima, ainda que tenha a sua ação descrita tanto nos parâmetros legais da educação, quanto na sua política pública. Em segundo lugar, constatamos que o design constrói a nossa cultura material também por meio de agentes velados , como no caso aqui estudado, os professores das licenciaturas, que se utilizam do design de forma inconsciente no percurso da sua atuação profissional |
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