Arquitetura espacial da plantation açucareira no Nordeste do Brasil (Pernambuco, século XX)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: FERREIRA FILHO, José Marcelo Marques
Orientador(a): DABAT, Christine Paulette Yves Rufino
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Historia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17280
Resumo: O objetivo central dessa tese é defender que para compreender a plantation açucareira no Nordeste do Brasil em sua totalidade é necessário ir além de sua dimensão puramente física e institucional. Para tanto, um dos principais argumentos é de que a plantation não pode ser definida senão em relação a seu modo de existir; aos mecanismos e meios que regulavam sua espacialidade, sua operacionalidade em relação as suas formas e funções. Em termos mais objetivos e específicos, este estudo defende que a plantation constituía um complexo espaço de liberdade contingente, onde o secular domínio territorial dos engenhos arquitetou uma sociedade violenta e desigual. Que violência, exploração ilegal do trabalho, fome e miséria eram todos traços permanentes de sua feição isso não é mais novidade. O propósito aqui, no entanto, é mostrar como essas características não apenas se relacionavam no espaço, mas dele eram parte integrante. Baseado numa análise que cruza elementos cartográficos com fontes coletadas em diversos arquivos [Arquivo do Tribunal Regional do Trabalho (TRT); Delegacia Regional do Trabalho (DRT); Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (FETAPE); Hospital Barão de Lucena (HBL); Departamento de Estradas de Rodagem (DER); Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ); Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (CONDEPE/FIDEM); Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE)]; Arquivo Histórico do Exército (AHEX); Arquivo Nacional do Rio de Janeiro (ANRJ)], e considerando as interações entre história e geografia, este estudo argumenta que na arquitetura espacial da plantation tempo e espaço interagiam num só sistema de relações que constituía o próprio movimento de sua história.