Não é o que parece, mas parece o que é: olhares sobre o romance Um defeito de Cor.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Moraes, Gabriela Furlan. [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/259672
Resumo: A presente dissertação tem como objetivo analisar o evento da publicação da obra Um defeito de cor, romance escrito por Ana Maria Gonçalves e publicado em 2006. Na composição da narrativa, a autora utiliza protocolos próprios do campo da história, apresentando-a como um relato de memória e sugerindo a possibilidade de que a história seja de Luísa Mahin, a quem a maternidade de Luiz Gama é atribuída. Essas características provocaram discussões sobre os limites entre história e ficção, atraindo a atenção de diversos estudiosos e críticos para a obra. A recepção da narrativa levantou questões significativas e foi apontada como uma tentativa de preencher lacunas da historiografia brasileira, que, em geral, não foram exploradas pelos historiadores. Muitos pesquisadores atribuem ao romance um "realismo histórico", considerando-o uma representação das experiências dos sujeitos escravizados no Brasil. Tendo isso em vista, investigamos, por meio de revisão bibliográfica, levantamento de estado da arte e análise do discurso, as fronteiras entre literatura e história, além das especificidades e implicações da história contada por Gonçalves, a fim de compreender como esse discurso se inscreveu na historiografia brasileira e nas narrativas de nação.