Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Jose Barbosa Correia, Fabio |
Orientador(a): |
Skwara, Witold |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6256
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Resumo: |
O estudo do tempo tem revelado duas situações de natureza antagônicas. A primeira é a simplicidade que envolve o tema. Sabemos sobre o tempo, sentimos o tempo. Quem não seria capaz de entender uma conversa que envolvesse tal assunto? Até mesmo as crianças falam do tempo com certa naturalidade. O tempo faz parte de nossa realidade e com ele convivemos bem, até que nos peçam para explicá-lo; até que se nos perguntem: o que é o tempo? De fato, essa pergunta tem sido o limite entre o conhecimento total e o desconhecimento total do tempo. A segunda situação, decorrente do estudo do tempo, trata da complexidade que envolve esse tema. O tempo é, certamente, um dos enigmas mais antigos da humanidade. O problema ocupa posição de destaque na ciência, mas é no campo da investigação filosófica que alcança o ápice de sua complexidade. Desde os pré-socráticos, perpassando pela antiguidade clássica, pela filosofia medieval, moderna e, finalmente, na contemporânea, o tempo tem sido tema de destaque nas produções filosóficas. Esse problema tem sido historicamente discutido em duas direções: sob o ponto de vista ontológico e sob o ponto de vista epistemológico. É o tempo um ser objetivo, isto é, existente independentemente do homem ou, ao contrário, tem sua existência decretada pela consciência humana? O presente trabalho tem o objetivo de responder a essa questão a partir de Agostinho de Hipona e de Henri Bergson. Um medieval, o outro contemporâneo. Ambos de reconhecida autoridade no assunto. Abordaremos, em primeiro lugar, a natureza subjetiva do tempo. Em seguida, destacaremos uma das modalidades de tempo: o presente, com a finalidade de reforçar a tese da existência apenas subjetiva do tempo. Em terceiro e último lugar, abordaremos a questão da eternidade em Agostinho e a continuidade da duração da consciência em Bergson. Somando-se ao objetivo inicial, demonstraremos também que, em muitos aspectos, o pensamento bergsoniano se assemelha ao pensamento agostiniano do tempo |