Intervenção rural e autonomia : a experiência da Articulação no Semi-Árido/ASA em Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Cristina Marinho Galinho, Wedna
Orientador(a): Marcos de Medeiros Gomes de Matos, Aécio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9859
Resumo: Ao semi-árido brasileiro historicamente têm sido dirigidas políticas de desenvolvimento que se propõem a combater a seca e minimizar os efeitos da estiagem para a região e a população. A sociedade civil organizada atuante nesta área, vem acumulando nos últimos anos, experiências de intervenção com foco no desenvolvimento sustentável, consolidadas na defesa da convivência com o semi-árido. Destacam em seus trabalhos que a problemática do semi-árido, muito mais que ambiental, caracteriza-se por questões políticas que têm gerado dependência e mantido o quadro de pobreza e exclusão no qual está inserido o grande contingente de agricultores familiares que habitam a região. Neste estudo, a intervenção rural é problematizada no contexto social de construção de sentidos para a vida no semi-árido. Fundamenta a investigação no campo político em sua relação com a autonomia dos atores sociais considerados participantes ativos na construção social. Entrevistas com agricultores e profissionais envolvidos com os trabalhos da Articulação no SemiÁrido/ ASA em Pernambuco compõem o material da pesquisa, cujo foco de análise é dirigido para o discurso desses atores. As análises apresentam dois sentidos para a vida no semi-árido. Um que a significa como inviável diante do qual os atores sociais praticamente reproduzem o discurso da impossibilidade de se viver e trabalhar na região construído a partir de referenciais que lhes são externos, no sentido de que reúne conteúdos com os quais não se identificam. O outro sentido apresenta a vida no semiárido como viável expresso na defesa da convivência com a região, articulando referências internas compartilhadas pelos atores, indicativo, portanto, do processo de construção da autonomia