A indeterminação do sujeito no português rural do semi-árido baiano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Santana, Neila Maria de Oliveira
Orientador(a): Mota, Jacyra Andrade
Banca de defesa: Mota, Jacyra Andrade, Cardoso, Suzana Alice Marcelino, Cunha, Cláudia de Souza
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras e Lingüística
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29892
Resumo: Nesta dissertação, analisamos, numa perspectiva sociolingüística, algumas possibilidades de indeterminação do sujeito no discurso oral de comunidades rurais afro-descendentes do semi-árido baiano: Piabas, localizada no município de Caém, e Bananal / Barra dos Negros, comunidades gêmeas localizadas no município de Rio de Contas. Partimos do pressuposto de que estão em uso muito mais formas de indeterminação do sujeito do que descreve a tradição gramatical e que existem fatores lingüísticos e extralingüísticos que condicionam o uso dessas formas. Para esse estudo, consideramos que os seguintes recursos podem conter, em maior ou menor grau, a possibilidade de indeterminar o sujeito: a gente, nós, você, eles, Ø+V3PP, Ø+V3PS, Ø+VINF e Ø+V+SE. Na análise dos dados, submetidos ao pacote de programas estatísticos VARBRUL, levamos em consideração fatores lingüísticos, como tempo e modo verbal, tipo de verbo, tipo de oração, preenchimento do sujeito, grau de indeterminação, forma antecedente e mudança / manutenção do referente, e extralingüísticos, como gênero, faixa etária e localidade, que pudessem influenciar no comportamento lingüístico do falante. Os resultados mostraram que: a) as formas apresentadas pela gramática tradicional não são as mais utilizadas nos corpora, as formas a gente e Ø+V3PS são as mais empregadas; e b) os fatores lingüísticos e extralingüísticos considerados exercem influência na escolha do recurso que o falante se vale para indeterminar o sujeito de seus enunciados.