Risco cardiometabólico da obesidade infantil : aplicação de uma rede neural artificial na identificação dos principais fatores de risco associados ao sobrepeso e obesidade em crianças de 7 a 9 anos de idade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: NOBRE, Isabele Góes
Orientador(a): LEANDRO, Carol Virgínia Góis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Nutricao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39399
Resumo: O primeiro objetivo foi analisar a relação do sobrepeso e obesidade com o perfil cardiometabólico em crianças; e investigar essas associações após ajustes para a composição corporal, consumo alimentar, dados do nascimento, variáveis demográficas e indicadores do sedentarismo. O segundo objetivo foi estabelecer a partir de uma rede neural artificial (RNA), um modelo preditivo do excesso de peso infantil a partir do reconhecimento e seleção de padrões associados ao peso ao nascer (PN), à idade gestacional, ao déficit estatural, ao consumo alimentar, ao nível de atividade física (NAF), ao tempo em frente a TV e ao contexto familiar. Nossa amostra total foi composta por 166 crianças, dessas 85 estavam eutróficas, 34 tinham sobrepeso e 47 tinham obesidade. Foram avaliados: idade gestacional (IG), peso ao nascer (PN), pressão arterial sistólica e diastólica, glicemia, triglicerídeos, colesterol total e frações, ingestão alimentar (quantidade e contribuição calórica), NAF, tempo em frente a TV e contexto familiar. Foram realizadas análises de covariância e redes neurais artificiais. No primeiro artigo, as crianças com obesidade, apresentaram consumo aumentado de carboidratos e sódio quando comparadas as crianças com eutrofia. A partir da introdução dos covariáveis de controle, os ajustes da composição corporal, deixam claro que a adiposidade é um fator crítico para o desenvolvimento dos fatores associados as doenças cardiometabólicas. No segundo artigo, identificamos que a IG, a ingestão calórica diária e o PN como principais determinantes do excesso de peso em crianças. Além disso, o contexto familiar atrelado a fatores socioeconômicos, como o numero de moradores no domicílio, tiveram grande impacto na previsão do excesso de peso. Já, o NAF foi a variável de menor importância. O rastreamento do sobrepeso, da obesidade e dos fatores de risco cardiometabólicos para a vida adulta, apresentados nesse estudo, sugerem que o controle do ganho excessivo de peso na infância provavelmente trará benefícios a longo prazo. Sendo assim, deve-se levar em consideração que os fatores de risco modificáveis, como um consumo alimentar inadequado, podem ser evitados ao longo da vida.