Cooperativa Agroleiteira Transamazônica (COOPETRA): fatores que influenciam na sua persistência
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agriculturas Amazônicas
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Departamento: |
Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/13769 |
Resumo: | Analiso a persistência da ação coletiva e da cooperação na Cooperativa Agroleiteira da Transamazônica, Oeste do Estado do Pará. Os dados foram coletados entre janeiro de 2013 e janeiro de 2014. Trata-se de um estudo de caso e os métodos e as técnicas utilizadas foram: observação direta; entrevistas com aplicação de questionário semi-estruturado e pesquisa documental. As observações foram realizadas nas assembleias gerais e nas reuniões do conselho de administração. As entrevistas foram realizadas com os associados em seus estabelecimentos rurais, que não diferem da forma como foram entrevistadas as lideranças locais e regionais. Para os funcionários foi aplicado um questionário estruturado e foram feitas observações diretas na fabrica. Apresento uma contextualização da região, onde se insere esta pesquisa, ressaltando os aspectos históricos e o processo de construção da ação coletiva a partir da mobilização dos agricultores, lideranças e outras organizações, em especial as Igrejas Luterana e Católica. A categoria central é a ação coletiva, mas também se destaca o poder, a participação e a gestão. Utilizo-me da teoria da sociologia das organizações para compreender o papel dos atores na construção da cooperação e da ação. Apresento alguns aspectos do dilema da cooperação, que neste estudo, em parte se mostra negociado e ajustado pelos atores que estruturam e mantém a cooperativa. Descrevo como os interesses dos atores se manifestam e afetam a estabilidade da organização sem que isso represente uma ameaça concreta. As lideranças assumem a função de filtrar as pressões externas e fazer o controle do que entra no contexto da organização. As lideranças possuem experiências políticas, de organização e sabem negociar. Destaco ainda a participação ativa dos associados que, mesmo por representação, assumem uma função importante no controle da organização, definem as atividades fins e não interferem na gestão das atividades meios. Por fim, esse constructo, que é dinâmico e negociado no interior da cooperativa, tem evitado o fracasso e construído uma alternativa possível de cooperação e ação coletiva de sucesso. |