A COOPAEXPA e participação nos seus núcleos de produção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: RODRIGUES, Deusimar Miranda lattes
Orientador(a): VEIGA JUNIOR, Iran Pereira lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agriculturas Amazônicas
Departamento: Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/13139
Resumo: Este estudo analisa as formas de participação exercidas pelos agricultores afiliados a uma cooperativa, a COOPAEXPA, no que se refere ao planejamento e organização da produção agrícola e do seu encaminhamento a uma central de cooperativas, a Central Nova Amafrutas, que desenvolveu suas atividades no município de Benevides-Pará, no período de 2000 a 2007, quando ocorreu a falência do empreendimento. Através dos objetivos específicos descreve como foram constituídos os núcleos de produção, caracterizando a participação dos agricultores na tomada de decisão sobre a constituição dos mesmos; descreve como funcionaram os núcleos de produção assim como caracteriza a participação no planejamento e organização da produção e da entrega à central de cooperativas; analisa os resultados em termos de produção e entrega da produção e como estes resultados corresponderam ao que foi planejado. As conclusões mostram que os núcleos de produção mesmo com as suas fragilidades, de modo geral, funcionaram razoavelmente bem no fornecimento da matéria-prima à Nova Amafrutas, até o momento em que esta através da COOPAGRI centralizou o processo de tomada de decisões que afeta os produtores, o que coincide com o período em que a COOPAEXPA oferece condições de infraestrutura e logística para a implementação dos trabalhos de seus sócios nos referidos núcleos. Na tomada coletiva de decisão, o que se observou é que aos cooperados só foi permitido tomar decisões no planejamento e execução das ações nos núcleos de produção, cabendo-lhes apenas a avaliação incipiente dos resultados nas assembléias gerais. A participação dos sócios nas assembléias gerais resumia-se quase sempre em referendar as decisões já tomadas pelos dirigentes e assessores da cooperativa. Percebe-se, portanto, que o grau de controle dos cooperados sobre as decisões mais importantes tomadas restringia-se à “consulta obrigatória”, pois as decisões eram apresentadas em assembléias gerais e os cooperados, pelo princípio do voto, aprovavam ou não, muitas vezes sem entender de fato o processo. Evidencia-se que a informação e a formação cooperativista não fluíram no sentido da preparação para a participação consciente que possibilitasse aos dirigentes e sócios conduzirem o processo cooperativamente.