Conflito socioambiental e gestão de recursos naturais em territórios quilombolas marajoaras: o caso da comunidade Deus me Ajude, Salvaterra, Marajó/PA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: LEÃO, Raphaela Cibelly dos Santos lattes
Orientador(a): LOPES, Luis Otávio do Canto lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia
Departamento: Núcleo de Meio Ambiente
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16191
Resumo: O estudo investigou a relação entre os conflitos socioambientais e a gestão de recursos naturais em territórios quilombolas da Ilha de Marajó/PA. Para tanto, tomou-se o contexto das comunidades quilombolas do município de Salvaterra, mais especificamente, o da comunidade Deus me Ajude. A apreciação, conduzida sob a perspectiva teórica dos conflitos socioambientais e da gestão de recursos naturais, baseou-se numa investigação de caráter qualitativo, utilizando-se de análise documental e bibliográfica, além da realização de pesquisa de campo. No universo de pesquisa, sucede que fazendeiros confinantes, objetivando satisfazer seus interesses, apropriam-se de modo particular de áreas necessárias as comunidades quilombolas, algo que tem gerado uma série de condições limitantes aos modos de produzir e organizar a vida social dos comunitários. No entanto, diante da ação dos fazendeiros a reação dos comunitários não é de marasmo, contrariamente, os quilombolas intensificam sua organização coletiva e posicionam-se diante do grupo oponente. Surge daí, em virtude da redução abrupta de recursos naturais ao acesso e controle quilombola, um movimento autônomo de construção coletiva de estratégias organizativas e adaptativas que figuram, neste cenário, quanto gestão de recursos naturais. O grupo quilombola cria, de maneira independente e endógena, formas de administrar os recursos disponíveis, objetivando satisfazer as demandas e necessidades do sustento familiar. Por esta perspectiva, os conflitos socioambientais, embora provoquem inúmeros efeitos negativos e danosos ao cotidiano quilombola, é substancial a ao adensamento da luta quilombola, bem como favorece/ auxilia a gestão de recursos naturais.