Instagram: entre o excesso de imagens e a fluidez da memória

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: AZEVEDO, Thiago Guimarães lattes
Orientador(a): SAMPAIO, Valzeli Figueira lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Artes
Departamento: Instituto de Ciências da Arte
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7436
Resumo: Este trabalho visa compreender a relação existente entre imagem e memória no universo do Instagram. Para isso, verificou-se primeiramente o universo da imagem e sua interação com o indivíduo, dialogando com as modificações quanto sua constituição a partir do desenvolvimento da tecnologia, em especial de dispositivos móveis, como smarthphones e tablets, principais meios pelos quais se pode utilizar o Instagram. Com isso, frisou-se a relação dos indivíduos em Rede, com os atores que atuam em zonas de interconexão, entretanto, percebe-se um encaminhamento para uma relação individualizada com outros atores sociais, onde, os grupos são montados de forma auto-referente e dessa forma, as relações se tornam mais fluidas e menos presenciais. Dessa forma, a memória a partir da relação com a imagem, em especial, das que são oriundas de suportes tecnológicos como, por exemplo, a fotografia também é afetada, pois, o que corresponderia a uma construção de memória coletiva, visto que o ato de recordar através da imagem fotográfica é marcado por esse tipo de relação, do grupo que senta ao redor da imagem para relembrar. No momento atual, quando a imagem passa a ser digital e instantânea, essa relação do grupo se perde e passa dar lugar ao individual, nesse caso a postagem e compartilhamento e ao invés de construir uma memória coletiva, a expectativa é de ser curtido e comentado. Para verificação desse quadro apresentado acima, buscou-se utilizar como recurso metodológico o Discurso do Sujeito Coletivo, elaborado por Fernando Lefrèvre e Ana Maria Cavalcanti Lefrèvre e tem como princípio construir uma narrativa individual a partir de discursos de uma coletividade, extrai-se elementos de ancoragem e elaboração de um tema central que permeia cada discurso e a partir disso, elabora-se uma fala única, como se o todo se tornasse um só. Como também a pesquisa ressalta a questão do fenômeno da memória a partir da imagem, tem-se como abordagem metodológica a fenomenologia, em especial a de Merleau-Ponty, visto que representa a construção de um imaginário a partir das experiências vividas. A relevância deste trabalho está em ver que há uma relação entre indivíduos que transcende a questão do aparelho e o Instagram se manifesta como suporte que auxilia ao indivíduo explorar sua criatividade em forma de imagens.