Rádio, cidade, gosto e memória: uma etnografia da Belém que toca na feira do som

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: VENTURA, Jússia Carvalho da Silva lattes
Orientador(a): COSTA, Antonio Maurício Dias da lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia
Departamento: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15981
Resumo: As transformações tecnológicas têm imposto adaptações às emissoras de rádio que possibilitam a formação de realidades híbridas que coexistem em espaços tecnológicos diferenciados, que atendem público e realidades também diferenciadas. A Rádio Cultura do Pará, emissora pública criada em 1977 e ligada à Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa), apresenta esse tipo de hibridismo. Neste universo de pesquisa escolhi trabalhar com o programa “Feira do Som”, um dos programas mais antigos da rádio paraense, no ar desde 1972. Para fazer uma etnografia da Belém que é tocada nesse programa radiofônico foi necessário utilizar algumas técnicas metodológicas: audição participante, audição não participante, entrevista em profundidade (presencial e com suporte online), análise descritiva do programa. A pesquisa tem como objetivo geral identificar qual cidade de Belém é construída e consumida a partir do programa radiofônico Feira do Som da Rádio Cultura FM, uma das primeiras rádios públicas da Amazônia. Defende-se como hipótese que a construção de memória social e afetiva da cidade, a partir da relação do público com a mídia, é facilitada quando este produto midiático pertence à Comunicação Pública. Assim, o conteúdo veiculado no programa radiofônico Feira do Som permite uma construção de memória afetiva e social da cidade de Belém, seja por conta de uma Belém antiga, seja pela seleção musical regional. A construção da memória social da capital paraense a partir do programa radiofônico Feira do Som é pautado pelo gosto, que é uma experiência sensível, sensorial e de sintonia com o lugar de pertencimento.