Ensino por Múltiplos Exemplares: Revisão sistemática de estudos experimentais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: LIMA, Lucas Cabral Aranha de lattes
Orientador(a): SOUZA, Carlos Barbosa Alves de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento
Departamento: Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/12805
Resumo: O procedimento de ensino por múltiplos exemplares (MEI) se caracteriza pela rotação rápida e randomizada de treino de diferentes repertórios verbais em tentativas consecutivas, e tem sido utilizado na investigação sobre indução de ‘nomeação bidirecional’ (BiN) e promoção de interdependência entre repertórios verbais (IRV). Este trabalho realizou uma revisão sistemática de estudos experimentais que têm utilizado o MEI nas condições mencionadas antes, com o objetivo de identificar e analisar o perfil dos participantes, a estrutura dos testes e os repertórios testados, o objetivo e a estrutura do treino de MEI, e os resultados obtidos. Uma busca nas bases de dados Wiley, PUBMED, SciELO, Web of Science e Scopus, utilizando o termo ‘multiple exemplar’, resultou em 24 artigos selecionados para análise (12 dos quais empregaram MEI para induzir BiN e 12 para promover IRV). De forma geral, observou-se que: (1) os participantes foram principalmente crianças com desenvolvimento atípico; (2) as estruturas de testes mais utilizadas foram: pré e pós-teste por meio de treino de emparelhamento ao modelo por identidade com tato do estímulo modelo pelo experimentador (IDMTS+tato) até critério de desempenho, seguido por testes de seleção por emparelhamento ao modelo auditivovisual (AVMTS), tato puro e impuro (para avaliar BiN), e pré/pós-teste dos repertórios treinados no MEI (e.g., tato, mando) e pré/pós-teste através de treino de um repertório com um conjunto e teste de outro repertório com mesmo conjunto, e vice-versa (para avaliar IRV); e os principais repertórios testados foram os de ‘nomeação unidirecional de falante’, mando e tato puro; (3) as estruturas de MEI mais utilizadas foram: a rotação de tentativas de IDMTS+tato, AVMTS, tatos puro e impuro (para indução de BiN), e rotação de tentativas de mando e tato puro (para IRV); (4) os resultados foram positivos para o estabelecimento IRV e de ‘nomeação unidirecional de falante’. Discute-se que não foram realizados testes adequados de ‘nomeação bidirecional conjunta’ ou ‘nomeação bidirecional incidental’, sendo sugeridas pesquisas para superar esta limitação e para avançar o conhecimento sobre a IRV.