Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
RIBEIRO, Flávia Andrea Sepeda
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Orientador(a): |
LAGE, Danila Gentil Rodriguez Cal
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia
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Departamento: |
Instituto de Letras e Comunicação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16257
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Resumo: |
Invisibilizadas na historiografia oficial, as mulheres negras vêm elaborando estratégias para mostrar que a história única (ADICHIE, 2019) é uma história escrita por mãos brancas (NASCIMENTO, 2021) e também uma história que tem a colonialidade (QUIJANO, 2005) como pano de fundo. Nesse mesmo fluxo, a Amazônia tem sido subalternizada (LOUREIRO, 2019) e estereotipada ante o imaginário social nacional. A partir desse contexto, a pesquisa analisa a Marcha Virtual das Mulheres Negras, que foi realizada em 25 de julho de 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19. O evento, que durou cerca de quatro horas, foi mobilizado, divulgado e realizado por meio das redes digitais, reunindo mulheres negras ativistas de oito dos nove estados da Amazônia Legal. A interseccionalidade (BILGE; COLLINS, 2021) é acionada ao longo de todo o percurso investigativo e será a nossa lente para compreendermos, dentre outras indagações, como as interseccionalidades atravessam e são mobilizadas no ativismo digital das mulheres negras na Amazônia a partir da sua Marcha Virtual. Quais as repercussões desse processo na luta política das mulheres negras amazônidas? No aporte teórico, trazemos principalmente, o pensamento feminista negro, por exemplificar a decolonialidade do saber e por ser uma ferramenta de atuação adotada pelas mulheres negras amazônidas. Os procedimentos metodológicos que nos conduzem são a Roleta Interseccional (CARRERA, 2021), que proporciona análises qualitativas que abranjam sujeitos, objetos e processos comunicacionais, ao aproximar a interseccionalidade ao campo da Comunicação, e a Escrevivência (EVARISTO, 2020) que permite a nossa inserção na pesquisa, ativando a memória e as linguagens oral e escrita para contarmos uma história que não pode ser invisibilizada. Por meio do aporte e das metodologias acionadas compreendemos que as mulheres negras amazônidas compartilham e politizam de uma identidade regional; que são norteadas pelo pensamento feminista negro, isto é, valorizam saberes de lideranças comunitárias e religiosas e que a marcha aciona diversas dimensões interseccionais não só nas falas das ativistas, mas até mesmo na proposta e realização do evento on-line. Apresentamos esta pesquisa como parte da estratégia das mulheres negras amazônidas para se marcarem como protagonistas e sujeitas de suas histórias. |